O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Setembro

Endividamento das famílias cai em Goiânia

Em contrapartida, pesquisa revelou que intenção de consumo e confiança do empresário aumentaram

Postado em 17 de outubro de 2017 por Lucas de Godoi
Endividamento das famílias cai em Goiânia
Em contrapartida

A Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO)
divulgou na tarde de hoje (17), os resultados completos da Pesquisa de
Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Intenção de Consumo das
Famílias (ICF) e do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC)
goianienses, referentes ao mês de setembro. As pesquisas são desenvolvidas,
mensalmente, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC).

O nono mês do ano foi de queda no número de famílias
endividadas em Goiânia, com percentual de 31,2%. Índice 2,6 pontos percentuais
menor que o registrado no mês de agosto, que foi de 33,8%. Se comparado a
setembro de 2016 houve aumento de 8,7%, já que o índice de endividamento foi de
28,7%.

O presidente da Fecomércio-GO, José Evaristo dos Santos, diz
que a baixa taxa de endividamento no Estado é reflexo da cautela e do fraco
consumo do goianiense.  Com base na
última pesquisa do IBGE, referente ao mês de agosto, Evaristo destaca que há 32
meses Goiás tem o menor índice de consumo do País.

O número de pessoas endividadas com contas em atraso
permaneceu estável passando de 18,4% em setembro de 2016 para 18,6% em setembro
de 2017. O percentual de famílias que afirmaram não ter condições de pagar as
contas no próximo mês continua alto e chega a 64%. Também é alto o número de
famílias com contas em atraso há mais de 90 dias. Segundo a pesquisa, a faixa é
de 78,5%.

A faixa de pessoas que afirmam não ter dívidas com cartão de
crédito, cheques, carnês de lojas, empréstimos pessoais, financiamento de
carros e seguros é superior a 71%. Quem respondeu que está endividado, afirmou
que o maior débito é com o cartão de crédito. Essa modalidade é a que
representa grande parte do endividamento com 67,6% dos casos. 59,6% das
famílias estão com contas em atraso e 64% disseram que não terão como pagar. A
pesquisa foi realizada com 5 mil famílias da Capital.

Consumo

A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) mostra
que a disposição de consumir no mês de setembro deste ano aumentou 19,3% se
comparada mesmo período no ano passado. O ICF de setembro de 2016 era de 79,6
pontos e o de setembro deste ano é de 95 pontos.

Calculado por pontos, o índice é considerado positivo a
partir dos 100 pontos. Abaixo de 100, é considerado pessimista. A pontuação
deste ano, embora ainda abaixo dos 100, mostra que o consumidor está
recuperando a intenção de consumir. O aumento da pontuação no mês de junho já
era esperado, em função do Dia dos Namorados.

Como confirmação do dado, os entrevistados responderam que
suas famílias estão comprando a mesma quantidade do ano passado. Foi o maior
percentual das respostas com 38,6%, seguido por ‘estamos comprando menos’ com
33,2%. 27,3% disseram que estão comprando mais que em setembro do ano passado.
Para os próximos meses, 56,8% disseram que vão consumir igual quantidade ou
mais que no segundo semestre do ano passado e 41,8% afirmaram que vão consumir
menos se comparado ao segundo semestre de 2016.

Empresário

Se o consumidor está cauteloso quanto ao consumo, o mesmo
não ocorre com os empresários do comércio. O Índice de Confiança do Empresário
do Comércio (ICEC) subiu um ponto na comparação com maio. Parece pouco, mas a
pontuação segue uma trajetória de alta desde fevereiro. O ICEC de junho fechou
em 111,7 pontos, o que mostra um comportamento otimista por parte dos
empresários. No caso de empresários com mais de 50 empregados, a pontuação ainda
é mais positiva e atingiu os 115,8 pontos.

O presidente da Fecomércio-GO diz que a confiança do
empresário continua alta, o que é um bom sinal pois mostra que haverá
possibilidade de novas contratações e investimentos. Porém as condições do
comércio não estão boas, os estoques estão altos sendo necessários usar a
criatividade para escoar os produtos.

(Fecomércio-GO) 

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.