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domingo, 1 de setembro de 2024
Escola Goyazes

Defesa de adolescente responsável por atentado deve sair na terça (31)

Medida foi solicitada pelo Ministério Público (MP-GO), por meio do promotor de Justiça, Frederico Augusto Santos

Postado em 27 de outubro de 2017 por Guilherme Araújo
Defesa de adolescente responsável por atentado deve sair na terça (31)
Medida foi solicitada pelo Ministério Público (MP-GO)

Fruto de uma sugestão do
Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), o jovem responsável pelo
homicídio de dois colegas de turma e por ferir outros quatro a tiros no Colégio
Goyases, em Goiânia, deve passar por uma avaliação psicologica nos próximos
dias. No entanto, de acordo com a defensora do adolescente, Rosângela Magalhães,
não há uma data prevista para que a medida seja tomada. A defesa escrita deverá
ser apresentada amanhã (30), em uma audiência que pretende ouvir ainda
testemunhas do crime.

Em depoimento na última
sexta-feira (27) os pais do adolescente disseram ao Juizado da Infância de
Juventude de Goiânia que o garoto nunca apresentou problemas de comportamento.
Em uma estratégia de resguardo, Rosângela Magalhães disse que o objetivo da
avaliação é descobrir se o mesmo seria ou não portador de algum tipo de
perturbação ou desvio de conduta que tenha originado o atentado.

A família do rapaz, que segue
abalada segundo a defensoria, contou com a ajuda da defesa ao reforçar a ideia
de que o suspeito tivesse um comportamento completamente normal, sempre
vivenciando um ambiente de relações harmônicas em casa e “jamais tendo
provocado preocupações”. O pai do garoto, em depoimento, afirmou que jamais
havia imaginado que o filho pudesse ser vítima de bullying. Ele, que é policial
militar, disse ainda que “tudo não passou de um mal entendido e de uma
fatalidade”.

Uma
outra tática da defesa foi tentar evitar a internação do adolescente em uma
casa de detenção, medida que seria aplicada até que o mesmo completasse 18
anos. Utilizando-se do Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA), foi usada a
argumentação de que o suspeito nunca teve qualquer violação à lei.

O caso

Após ser
alvo de piadas em sala de aula, o adolescente sacou uma pistola .40, de uso
restrito das forças armadas, e disparou contra colegas durante o intervalo da
quinta para a sexta aula. O crime aconteceu no Colégio Goyazes, localizado no
Conjunto Riviera, em Goiânia. Na ocasião, Pedro Calembo e João Victor Gomes morreram
na hora. Outros quatro adolescentes ficaram feridos, uma delas chegando a
perder o movimento das pernas após ter uma bala alojada na coluna.

O jovem é
filho de um major e de uma tenente da Polícia Militar e após o crime foi
encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), seguindo para a Delegacia de
Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). Pelas circunstâncias do caso,
em que não há um local específico para sua detenção, nos próximos 30 dias o
mesmo deve seguir isolado em um centro de integração.

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