No desdobramento de um novo
capítulo da guerra Espanha X Catalunha, a justiça espanhola confirmou na manhã
desta sexta (3) que solicitou provisioriamente a prisão de líderes das
organizações pró-separatismo Assembleia Nacional Catalã (ANC) e Òmnium
Cultural, Jordi Sánchez e Jordi Cuixart, respectivamente. Ambos foram presos no
dia 16 de outubro sob acusação de secessão.

Segundo a Agência EFE, a decisão
partiu do Tribunal da Audiência Nacional e pede que os suspeitos sejam mantidos
na prisão, mesmo que suas defesas tenham lutado pela libertação, sob alegação de
não existência de reincidência. Logo em seguida à proclamação de independência
unilateral da Catalunha, foram tomadas medidas extraordinárias pelo governo
espanhol para que a comunidade esteja novamente dentro da legalidade.

O advogado de Sánchez, Jordi, afirmou que “o cenário
político é muito diferente, é um argumento que cai pelo seu próprio peso”. Para
ele, os recentes acontecimentos tornam mais difíceis que seja mantida uma tese
de realização quanto a atuações de reiterações delitivas. Outro ponto
argumentado é a não possibilidade de fuga, visto que seus clientes se
apresentaram para depoimento e ambos estavam em prisão quando o parlamento teve
a república catalã proclamada.

Na ocasião, em 27 de outubro, o parlamento catalão aprovou a
declaração unilateral de independência em uma votação secreta, com o plenário
vazio pela ausência da oposição, sem contabilizar os 2/3 necessários pela lei
para que o processo fosse efetivado.