Cerca de 60 trabalhadores de 22 canteiros de Goiânia e Região
Metropolitana participaram de um treinamento com a Secretaria Municipal de
Saúde (SMS) e se tornaram, a partir desde mês de novembro, caçadores de Aedes
aegypti nas obras em que trabalham. Pelos próximos seis meses, durante o
período chuvoso na capital, eles terão a missão de eliminar nas obras possíveis
criadouros do mosquito, que transmite uma série de doenças, entre elas: Dengue,
Chikungunya, Zika e Febre Amarela.

Esse é o projeto de combate ao mosquito é uma iniciativa do Serviço
Social da Indústria da Construção (Seconci) Goiás em parceria com a SMS para
combater criadouros dentro das obras. “O objetivo é capacitar os caçadores de
Aedes para um olhar clínico na identificação de possíveis criadouros e locais
com focos, a fim de erradicar o mosquito. Sendo assim, os caçadores também se
tornam multiplicadores das informações dentro da obra, região circunvizinha e
no ambiente familiar”, conta a coordenadora de projeto da entidade, Joicy
Pimenta.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia
Amorim, presente no treinamento, explicou que a grande preocupação dos órgãos
de saúde é com a epidemia do vírus tipo 2 da dengue, que está crescendo em todo
o Brasil, e com o aumento dos casos de chikungunya no Centro-Oeste e no Sudeste
do País. “O vírus tipo 2 da dengue é o mais severo dos quatro existentes, com
maior índice de óbitos, especialmente entre crianças. Já os sintomas da
chikungunya perpetuam por mais de um ano”, informou.

Cada obra enviou, além do responsável técnico da obra, outros
dois colaboradores para serem preparados para se tornar um caçador de Aedes
aegypti. Durante a manhã, o treinamento teórico incluiu conhecimento sobre o
ciclo de vida do mosquito e estratégias de combate. De tarde, agentes de saúde
da SMS visitaram todas as obras participantes para o treinamento prático.

A grande meta dos caçadores de Aedes aegypti
será evitar que mosquito se prolifere. “Não pretendemos eliminar o mosquito, queremos é evitar que ele nasça
para que, assim, os vírus carregados por ele não se propaguem”, explicou o
biólogo Welington Tristão, gerente de controle de zoonoses aos participantes. 

Fotos: Divulgação