O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

domingo, 22 de dezembro de 2024
PublicidadePublicidade
Maratona pela vida

Maratonista extremo lança projeto inédito em prol da causa da medula óssea

O The Hardest Run vai reunir atletas profissionais e amadores de todo o mundo, que formarão uma grande equipe internacional de doadores

Postado em 10 de novembro de 2017 por Aline Carleto
Maratonista extremo lança projeto inédito em prol da causa da medula óssea
O The Hardest Run vai reunir atletas profissionais e amadores de todo o mundo

Correr sete maratonas em sete continentes durante sete dias
consecutivos, do frio da Antártida (-30ºC) ao calor de Dubai (40ºC). Essa foi
apenas uma das aventuras encaradas pelo maratonista extremo Marcelo Alves.
Natural de Curitiba-PR, o atleta se especializou em desafiar limites e superar obstáculos
intransponíveis para grande parcela da humanidade, como a vez que participou de
uma maratona no temido Everest, com a largada a 6 mil metros de altitude, e
teve que passar dez dias na região para um período de adaptação que resultou na
perda de 10kg antes da largada.

Mas para Marcelo Alves, suas provas não chegam nem perto da
luta pela vida travada por pessoas em tratamento de leucemia e outras doenças
sanguíneas. Então, o maratonista passou a viajar o mundo destacando importância
da causa da medula óssea. “15 dias antes da minha primeira maratona extrema na
Antártida, assisti o vídeo de uma campanha linda do Hospital Nossa Senhora das
Graças. Fui buscar informações e descobri que além de doar medula eu poderia
ajudar na divulgação da causa, uma vez que as provas que eu participo têm
cobertura internacional, e quando você faz a doação, o banco de medula é
global”, comentou Marcelo.

Agora, Marcelo Alves parte para mais um capítulo incrível
dessa história, lançando o movimento The Hardest Run, idealizado em parceria
com o Hospital Nossa Senhora das Graças, referência nacional quando o assunto é
transplante de medula óssea. A ideia do movimento é reunir corredores
profissionais e amadores em uma equipe internacional de doadores. “Queremos
encorajar a classe de corredores para formarmos uma equipe para a prova mais
difícil que eles já enfrentaram: a luta pela vida”, detalhou o maratonista
extremo.

Para participar da equipe The Hardest Run, os atletas terão
que se cadastrar no site do movimento – www.thehardestrun.com.br . Na sequência,
começarão a ser convidados para espalhar a mensagem sobre a importância da
atualização do cadastro de doador. Os participantes poderão, também, doar
plaquetas e leucócitos para pacientes que estão esperando um transplante de
medula e em tratamento de doenças de sangue. Para completar, a equipe vai
incentivar os corredores a se cadastrarem como doadores de medula óssea. Todos
os atletas da The Hardest Run receberão um número exclusivo, que poderá ser
utilizado em suas corridas pelo mundo.

“Os corredores têm total consciência da importância de um
corpo saudável, e tenho certeza que irão abraçar a causa da medula óssea. A
ideia é reunir milhares de atletas de todos os cantos do mundo, que além de se
tornarem doadores, irão difundir informações valiosas para quem está lutando
pela vida”, explicou Marcelo, que no dia 16 de novembro vai lançar oficialmente
o The Hardest Run durante a Volcano Marathon, uma das maratonas mais difíceis
do mundo, que será disputada no deserto do Atacama, no Chile.

Números insuficientes 

Hoje, o Brasil possui mais de quatro milhões de inscritos no
cadastro nacional de doadores de medula óssea, de acordo com dados do Registro
Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Mesmo parecendo
considerável, o número ainda é insuficiente, principalmente ao se levar em
consideração a grande variedade genética do povo brasileiro. Além do aumento do
cadastro de doadores, outro desafio das entidades responsáveis é manter os
dados atualizados, já que poucas pessoas sabem da importância de manter os
registros atualizado.

De acordo com o Hospital Nossa Senhora das Graças, o
transplante de medula óssea é indicado como parte do tratamento para diversas
doenças do sangue, como leucemias, anemias, linfomas e mielomas. Para alguns
pacientes, é a única possibilidade de cura. As chances de compatibilidade
variam em função das características genéticas do receptor, podendo variar de 1
para 1000 a 1 para cada 1 milhão.

(Assessoria)

Foto: Divulgação 

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também