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domingo, 24 de novembro de 2024
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Cuidados

Diabetes mal controlado pode causar cegueira

Doença que atinge mais de 16 milhões de brasileiros está na mira dos oftalmologistas

Postado em 13 de novembro de 2017 por Kamilla Lemes
Diabetes mal controlado pode causar cegueira
Doença que atinge mais de 16 milhões de brasileiros está na mira dos oftalmologistas

O diabetes é uma doença que atinge cerca de 422 milhões de pessoas em todo mundo. No Brasil há mais de 16 milhões de indivíduos com a patologia e cerca de 72 mil brasileiros morrem anualmente por causa da doença. Os dados são da OMS (Organização Mundial de Saúde). Para relembrar sobre a importância do assunto, a ONU (Organização das Nações Unidas), instituiu desde 2006 o Dia Mundial do Diabetes, comemorado em 14 de novembro – data de nascimento de Frederick Banting, um dos descobridores da insulina.

Além de causar complicações em outras partes do corpo, o diabetes também pode afetar a visão. Isso acontece por conta das alterações sofridas nos vasos sanguíneos, que nos olhos são bem pequenos. Esta modificação provoca dificuldade de irrigação em algumas regiões do globo ocular, causando a retinopatia diabética. Segundo especialistas, o lado preocupante da retinopatia diabética é a falta de sintomas, que só se manifestam em estágios avançados. Entre os mais comuns estão a visão borrada, flashs e a perda repentina da visão.

O presidente da Cooeso-GO (Cooperativa Estadual de Serviços em Oftalmologia de Goiás), Dr. Diogo Mafia Vieira, alerta para a necessidade de prevenir esta complicação derivada do diabetes. “A retinopatia diabética não deve ser tratada tardiamente porque seu avanço é progressivo. Ela é a principal causa de cegueira em adultos com diabetes e seu diagnóstico precoce pode reduzir em 80% o risco de cegueira”, diz.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da retinopatia diabética é feita através de um exame de visão chamado fundoscopia. A eficácia do tratamento precisa ser associada ao controle rigoroso da glicemia, além de acompanhamento com outros especialistas. Segundo o presidente da Cooeso-GO, é muito importante que o paciente fique atento a todo funcionamento do seu corpo. “Tudo deve ser controlado no diabético. Por exemplo, é comum que pacientes com retinopatia diabética também sofram com algum grau de dano nos rins. Isso se dá porque a perda de proteína pela urina piora o edema da retina. Por isso é necessário que uma equipe médica completa acompanhe o paciente”, diz.

O tratamento mais conhecido para a retinopatia diabética é o uso de laser, que ajuda na regressão dos vasos anormais da retina e diminui o risco de hemorragia. Em casos mais severos a vitrectomia é indicada. A técnica consiste em uma cirurgia onde o oftalmologista retira o vítreo cheio de sangue e o substitui por um líquido transparente.

Outras formas para tratar a retinopatia diabética estão sendo testadas, porém ainda são métodos caros e não acessíveis a todos. “Nós médicos desejamos que ninguém mais perca a visão por conta do diabetes. Temos tratamentos muito bons sendo desenvolvidos mundo afora, mas, no Brasil, não são todos que conseguem custear um tratamento com medicamentos importados, o que torna algumas terapias inviáveis para alguns pacientes”, comenta Vieira.

 

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