UE aprova sanções econômicas contra Venezuela e embargo de armas
“Tudo que fazemos visa buscar um diálogo entre o governo e a oposição para encontrar uma solução democrática e pacÃfica”, disse o chanceler espanhol, Alfonso Dastis
Os ministros de Relações
Exteriores da União Europeia aprovaram sanções econômicas contra a Venezuela,
incluindo um embargo de armas, nesta segunda-feira (13), argumentando que as
eleições regionais venezuelanas do mês passado aprofundaram a crise no paÃs sul-americano.
As informações são da Reuters.
Atentos para não levarem a
Venezuela ainda mais perto do colapso econômico e polÃtico, governos da União
Europeia evitaram nomear quaisquer indivÃduos, deixando nomes para uma fase
posterior na tentativa de persuadir o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a
acalmar a situação.
“Tudo que fazemos visa
buscar um diálogo entre o governo e a oposição para encontrar uma solução
democrática e pacÃfica”, disse o chanceler espanhol, Alfonso Dastis, a
repórteres em uma reunião com seus colegas na qual a decisão sobre as sanções
foi tomada.
A Espanha vem pressionando há
tempos por sanções a pessoas próximos a Maduro, a quem os Estados Unidos acusam
de ter instaurado uma ditadura, mas a UE está dividida sobre quem punir.
Em um comunicado conjunto, os 28
chanceleres do bloco disseram que a base legal para proibições de viagens de
indivÃduos para a UE e o congelamento de bens no bloco “será usada de uma
maneira gradual e flexÃvel e pode ser ampliada”.
No comunicado, os ministros
disseram que as eleições regionais venezuelanas de 15 de outubro foram um
divisor de águas que endureceu a posição do bloco e que ocorreram em meio a
“relatos de várias irregularidades”.
Os resultados pareceram favorecer
o governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) de Maduro. Pesquisas
indicavam que a oposição conquistaria uma maioria com facilidade, mas esta só
conquistou alguns governos estaduais, de acordo com o Conselho Nacional
Eleitoral pró-governo.
Os chanceleres da UE decidirão,
em uma fase posterior, quem submeter a sanções, mas disseram que se
concentrarão nas forças de segurança e em ministros e instituições de governo
acusados de violar direitos humanos e de “desrespeito aos princÃpios
democráticos ou ao Estado de Direito”.
Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução