Capoeira Inclusiva estimula os pacientes a superarem limites
Atividade promove a autoestima e a inclusão social no CRER
Crianças e adolescentes em tratamento no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) têm a oportunidade de aprender e a conviver com mais uma modalidade esportiva: a “Capoeira Inclusiva”. O projeto é do Professor e Mestre Takinha, que há oito anos ministra aulas de capoeira para crianças e adolescentes carentes e realiza um trabalho voltado às pessoas com deficiência.
No CRER, a primeira aula aconteceu nesta terça-feira (21), com a presença de familiares e pacientes com síndrome de down, paralisia cerebral e outras deficiências. “O nosso trabalho sempre é feito com a perspectiva da inclusão. Por meio da capoeira, os praticantes aprimoram o condicionamento motor, convívio social, equilíbrio, afetividade e socialização. A Capoeira Inclusiva trabalha desde a expressão corporal por meio do contato com a musicalidade até a elevação da autoestima. É um esporte que faz bem para a alma”, ressaltou o Mestre Capoeirista Takinha, que já levou o projeto Capoeira Inclusiva até várias cidades e Países divulgando esse esporte de harmonia social.
O movimento das pernas e braços acompanha o som que vem do berimbau, do atabaque e do caxixi (instrumento semelhante a um chocalho). Os pequenos praticantes se divertem e mostram habilidades. Takinha fica no meio da roda, orientando, incentivando os pacientes e consegue tornar o jogo da capoeira igual para todos.
Flávia Carneiro Borges é mãe da Eduarda Carneiro, de 5 anos. Ela contou que os terapeutas do CRER indicaram a filha para o esporte. Eduarda nasceu com Síndrome de Down e tem se desenvolvido com o tratamento oferecido pela instituição. “Ela sempre teve contato com o esporte e sei que capoeira vai acrescentar muito no tratamento. Estou muito contente por ter esta modalidade de esporte aqui no CRER”, relatou Flávia. Eduarda, no início da aula se mostrou acanhada, mas não demorou para se interagir com os outros participantes, gostou muito do som produzido pelo caxixi.
Andreane Pinheiro Vargas acompanhou o filho Luiz Otávio Pinheiro Santos, de 5 anos, na atividade. Luiz Otávio nasceu com paralisia cerebral e recebe atendimento multiprofissional no CRER. A mãe conta que ele adora esportes. “Tenho certeza que ele vai gostar da capoeira. Sempre pede para praticar algum tipo de esporte”, contou a mãe. Luiz Otávio seguiu todos os comandos do professor e se divertiu com as músicas e com sons dos instrumentos. “Vou lutar igual gente grande”, disse o pequeno com um enorme sorriso.
O Supervisor de Fisioterapia Ambulatorial do CRER, Rogério de Souza Alves de Castro, explica que a Capoeira Inclusiva tem função terapêutica e ainda trabalha vários aspectos, como a autoestima, o desenvolvimento psicomotor e a musicalidade. “O projeto vem dar um suporte no sentido terapêutico, trabalhar o desenvolvimento psicomotor e a musicalidade do ritmo. A capoeira é uma forma de inclusão, de mostrar o potencial dessas pessoas” destacou.
A Capoeira Inclusiva no CRER, voltada para os pacientes, vai acontecer toda terça-feira, das 16h30 às 17h30, na quadra de esportes da Instituição.
(Assessoria)
Foto: Divulgação