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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Comunidades Indígenas

Ministério da Saúde entrega 2,6 milhões de kits para higiene bucal

Compra centralizada garante estoque de material para os povos indígenas. Investimento anual será de R$ 4 milhões

Postado em 24 de novembro de 2017 por Márcio Souza
Ministério da Saúde entrega 2
Compra centralizada garante estoque de material para os povos indígenas. Investimento anual será de R$ 4 milhões

Mais de 750 mil indígenas de todo
país serão beneficiados com a entrega de 2,6 milhões de kits para higiene
bucal. O evento ocorre nesta sexta-feira (24) na aldeia Kateté, no município de
Tucuruí (PA). Ao todo, foram investidos R$ 4 milhões, uma economia de 39% em
relação à aquisição descentralizada pelos 34 Distritos Sanitários Especiais de
Indígenas (DSEI). Essa redução no preço foi possível porque o Ministério da
Saúde centralizou a compra do material, gerando uma economia de escala, uma vez
que o quantitativo na compra centralizada é muito superior às quantidades
adquiridas individualmente.

A iniciativa, além de gerar economia,
vai aprimorar o processo de distribuição, evitando problemas de logística que
antes eram enfrentados por alguns distritos, no envio dos materiais pelos
fornecedores. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) irá repassar os
kits a cada seis meses diretamente aos DSEI, que redistribuem os produtos à
população indígena.

“A saúde começa mesmo pela boca e
a escovação com uso de creme dental tem sido apontada como um dos principais
fatores responsáveis pela redução da cárie no Brasil e no mundo. A distribuição
dos materiais de higiene bucal tem o objetivo de garantir o acesso desta
população ao material fundamental para a escovação, principal medida de
promoção da saúde e prevenção de doenças bucais, reduzindo assim as inequidades
em saúde”, destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Os kits de higiene são compostos
por escova dental adulto ou infantil, creme dental fluoretado e fio dental. A
distribuição do material à população indígena faz parte do Programa Brasil
Sorridente Indígena lançado em 2011. A estratégia melhorou a qualidade e
ampliou o acesso a serviços odontológicos. Com essa iniciativa foi possível
ampliar a contratação de dentistas e auxiliares e técnicos em saúde bucal para
atuar nas aldeias, que passou de 459 em 2011 para 923 em 2017.

BRASIL SORRIDENTE INDÍGENA – A
assistência à saúde prestada à população indígena tem registrado importantes
avanços nos últimos anos. O Ministério da Saúde vem adquirindo equipamentos
odontológicos e atualmente conta com uma estrutura instalada composta por 33
Unidades Odontológicas Móveis (UOM), 228 consultórios odontológicos portáteis
para atuação em áreas de difícil acesso, além de 462 consultórios odontológicos
fixos e de 2.598 equipamentos odontológicos periféricos (otololimerizador,
almalgamador, aultoclaves, entre outros).

Também houve construção e reforma
de unidades básicas de saúde indígena, equipadas com consultórios odontológicos
fixos, além da qualificação de 675 profissionais para realização do ART
(Tratamento Restaurador Atraumático), tecnologia que permite a realização da
restauração dentária para tratamento da cárie em localidades remotas e de
difícil acesso, uma vez que dispensa a necessidade dos tradicionais
consultórios odontológicos.

O Brasil Sorridente Indígena
também visa a ampliação do acesso da população indígena ao tratamento
especializado. Em outubro deste ano, o MS publicou a Portaria n° 2.663, que
permite os estados e municípios a receberem recursos extras para ampliação e
qualificação dos serviços prestados aos indígenas pelos Centros de
Especialidades Odontológicas e Laboratórios Regionais de Prótese Dentária, por
meio do Incentivo a Atenção Especializada aos Povos Indígenas (IAEPI).

A saúde indígena deve receber,
até o final deste ano, o maior investimento de recursos desde que o Ministério
da Saúde passou a gerenciar a área: R$ 1,6 bilhão de reais. Este recurso é
destinado às melhorias da qualidade de vida dessa população, como custeio das
ações, pagamento dos salários dos profissionais e investimentos em edificações
e saneamento básico, além da aquisição de insumos e equipamentos. 

Foto: Reprodução

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