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domingo, 1 de setembro de 2024
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Cidades

Preços dos combustíveis será monitorado pelo MP

Lei tem intenção de investigar aumento no preço dos combustíveis no Estado

Postado em 30 de novembro de 2017 por Sheyla Sousa
Preços dos combustíveis será monitorado pelo MP
Lei tem intenção de investigar aumento no preço dos combustíveis no Estado

Marcus Vinícius Beck*

Uma lei que permite fiscalização dos preços de combustíveis por parte do Ministério Público (MP-GO) foi aprovada na última terça-feira pelo Poder Executivo, em Goiás. O projeto obriga postos a avisarem o MP toda vez que o valor cobrado pelo litro do etanol, diesel ou gasolina seja aumentado – a medida vem no momento em que Superintendência de Atendimento ao Consumidor (Procon-GO) e a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Consumidor (Decon) investigam prática de preços abusivos nos postos. 

A lei possui o intuito de combater aumento desproporcional no valor cobrado pelos proprietários de postos na Região Metropolitana de Goiânia. Para cumprimento da nova medida, que devem começar a valer no próximo dia 20 de janeiro de 2018, os revendedores de combustíveis devem realizar um cadastro junto ao MP em até 30 dias após a entrada em vigor da lei. Inclusive, a intenção do Judiciário é que, por meio de aplicativo no smartphone, a população seja conscientizada sobre quais postos oferecem melhores preços. 

No início do mês, quando a alta no valor do combustível atingiu fortemente o bolso dos motoristas, o Sindicato do Comércio Varejista de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto) se posicionou sobre o problema. Para o órgão, o principal responsável pela alta no preço é a estatal Petrobrás, já que a empresa detém o monopólio do mercado de petróleo no país. “O principal vilão do momento é a Petrobrás”, disse o porta-voz do Sindiposto, Antônio Carlos, à época. 

Na edição do dia 17 deste mês, por exemplo, o jornal O Hoje mostrou que o Procon sugeriu que postos voltassem a praticar a média de lucro de julho deste ano. No entanto, dias depois, veio à tona uma polêmica. Proprietários de postos diziam que não havia etanol nas bombas, mas condutores não engoliram a justificativa. Alguns até chegaram a comentar sobre a existência de cartel no setor, o que está sendo investigado pela Assembleia Legislativa de Goiás atualmente. “Há cartel no setor”, diziam.

Além disso, distribuidoras de combustível da região chegou a ser bloqueada por manifestantes contrários ao aumento abusivo dos preços – o valor cobrado, em média, era de R$ 4,49 para a gasolina e R$ 3,29 para o etanol. Os manifestantes reclamavam do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que chegou a 30% para gasolina e 25% para etanol. No interior do Estado, o preço cobrado pelo valor da gasolina chegou a R$ 5,02. 

CPI

Após o aumento nos preços dos combustíveis, foi instaurada na última terça-feira (28) uma comissão parlamentar de inquérito na Assembleia Legislativa para apurar denúncia de supostas formação de cartel no setor e cobranças indevidas na venda de combustíveis. Cinco parlamentares, entre titulares e suplentes, participarão da comissão. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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