Brasileiros precisam se programar economicamente para viajar
Professor Ricardo Teixeira dá dicas para quem quer ver a bola rolar na Copa do Mundo da Rússia
Definidos os grupos da Copa do Mundo de 2018. No dia 17 de junho do próximo ano, a bola vai rolar nos campos da Rússia para a seleção de Tite. Os amantes do futebol agora têm poucos meses para planejar a sua viagem até o país sede em meio a uma crise econômica. Para o coordenador do MBA em Gestão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV), Ricardo Teixeira, a dica é começar o quanto antes a pesquisa da passagem aérea e a cidade onde vai ficar hospedado.
“Faça um orçamento detalhado: passagem, hospedagem, alimentação, transporte, ingressos e um extra para lazer e eventualidades. Uma viagem é lazer. A melhor coisa é se preparar para ela para que na volta você não precise mais se preocupar. Antes de gastar com alguma bobagem, lembre-se que o objetivo é a viagem. São pequenas atitudes no dia a dia que fazem a diferença no orçamento”, aconselhou Ricardo Teixeira.
Para o especialista em Gestão Financeira, a torcida brasileira deve se hospedar em Moscou já que fica numa posição central de Rostov e São Petersburgo, onde haverá jogos da seleção brasileira. Texeira diz também que o ideal é comprar logo a passagem para Moscou. “Ficar hospedado na capital russa é o ideal. O sistema ferroviário russo liga quase todo o país. O torcedor deve analisar se vale mais a pena financeiramente ir para uma outra capital europeia primeiro e depois comprar um voo low cost para Moscou ou para a cidade que escolheu como base. Pode sair mais barato”, ressaltou o professor da FGV.
Ricardo Teixeira lembra que com a crise econômica brasileira não se pode prever se o real vai se desvalorizar ou não. Ele acrescenta que não vale a pena comprar rublos no Brasil já que a taxa de câmbio é muito alta. “O dólar voltou a subir e a diferença entre a moeda americana e o Euro não é muito grande. Como estamos nessa incerteza, compre aos poucos a moeda que está com o menor preço”, disse.
O professor da FGV pondera que o ideal é usar o menos possível o cartão de crédito por causa do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF). Segundo ele, a variação cambial na época do pagamento também pode não ser favorável. “Ele oferece mais segurança, mas a viagem pode sair muito mais cara”, esclareceu.
Ricardo Teixeira orienta que antes da compra do ticket e da hospedagem, os amantes do futebol devem pesquisar os pacotes turísticos nas agências de viagem. Segundo ele, algumas empresas podem apresentar valores compatíveis e com parcelamentos em até dez vezes. “Os pacotes têm a vantagem do parcelamento, mas é preciso ficar atento à incidência de juros. Esses juros são sempre maiores que qualquer rendimento. Por isso, pode ser mais vantajoso manter o dinheiro aplicado por mais tempo e parcelar em menos vezes”, avisou.
(Assessoria)
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