Expectativa de vida do brasileiro é de 75,8 anos, diz IBGE
Em 2015, a expectativa de vida no país era de 75,5 anos
Em 76 anos, de 1940 a 2016, a expectativa de vida dos
brasileiros ao nascer aumentou em mais de 30 anos e hoje é de 75,8 anos – um
acréscimo de três meses e onze dias em relação a 2015. Os dados constam da
Tábua de Mortalidade de 2016 e foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2015, a expectativa de vida no
país era de 75,5 anos.
Ao falar sobre a pesquisa, o pesquisador do IBGE, Fernando
Albuquerque, disse que a partir de 1940, com a incorporação dos avanços da
medicina às políticas de saúde pública, o país experimentou uma primeira fase
de sua transição demográfica, caracterizada pelo início da queda das taxas de
mortalidade.
Um pouco mais a frente, segundo ele, fatores como campanhas
de vacinação em massa, atenção ao pré-natal, incentivo ao aleitamento materno,
contratação de agentes comunitários de saúde e programas de nutrição infantil
contribuíram para o aumento da expectativa de vida do brasileiro ao longo dos
anos. De 1940 até 2016, o aumento foi de exatamente 30,3 anos.
Apesar desse crescimento contínuo na expectativa de vida, o
Brasil ainda está abaixo de países como Japão, Itália, Singapura e Suíça, que
em 2015 tinham o indicador na faixa dos 83 anos.
Segundo o pesquisador, inicialmente os grandes beneficiados foram
as crianças. “No Brasil, em 1940, de cada mil crianças nascidas vivas, 156 não
atingiam o primeiro ano de vida. E hoje em dia estamos com uma mortalidade
infantil de 13 por mil. Depois, a queda das taxas de mortalidade foi expandida
para a toda a população”, ressaltou.
Por estado
A Tábua de Mortalidade 2016 constatou que, entre os estados
brasileiros, Santa Catarina é o que apresenta a maior esperança de vida, com
79,1 anos; seguido do Espírito Santo (78,2 anos); Distrito Federal (78,1 anos);
e São Paulo, estado onde a expectativa de vida é de 78,1 anos.
Ainda com indicadores superiores à média nacional aparecem,
pela ordem, o Rio Grande do Sul, onde a expectativa de vida ao nascer em 2016
era de 77,8 anos; Minas Gerais (77,2 anos); Paraná (77,1 anos); e Rio de
Janeiro (76,2 anos).
No outro extremo, com as menores taxas de expectativas de
vida, estão os estados do Maranhão, com 70,6 anos e do Piauí, com 71,1 anos. Os
resultados da pesquisa são usados como um dos parâmetros para determinar o
fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de
Previdência Social.
Mulheres
Os dados da Tábua de Mortalidade 2016, constatou que mulheres
vivem em média mais do que homens. Enquanto a expectativa de vida dos homens,
em 2016, era de 72,9 anos, a das mulheres atingiu 79,4 anos.
“Esse comportamento nacional se repetiu em todos os estados,
sendo que a maior diferença foi registrada em Alagoas, onde as mulheres vivem,
em média, mais 9,5 anos do que os homens; em seguida, vem a Bahia (9,2 anos) e
Sergipe (8,4 anos)”, diz o informe do IBGE.
Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Brasil Escola)