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sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
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Protesto

Em protesto, xeique não recebe vice dos EUA

Mandatário da mesquita Al Azhar faz manifestação por causa da decisão de Washington de reconhecer Jerusalém como capital de Israel

Postado em 9 de dezembro de 2017 por Sheyla Sousa
Em protesto
Mandatário da mesquita Al Azhar faz manifestação por causa da decisão de Washington de reconhecer Jerusalém como capital de Israel

O xeique da mesquita Al Azhar, uma das principais instituições do islã sunita, Ahmed el Tayeb, se recusou na última sexta-feira (8) a reunir-se com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, em protesto pela decisão de Washington de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. A informação é da EFE.

“A Al Azhar não pode sentar-se com quem falsifica a história, rouba os direitos dos povos e agride seus lugares sagrados”, afirmou em seu site oficial o Conselho dos Sábios dos Muçulmanos, presidido por Tayeb.

Em comunicado, o Conselho dos Sábios explicou que o xeique tinha aceitado um convite para se reunir com Pence durante a visita que este fará ao Egito neste mês, mas decidiu recusá-lo após o anúncio do presidente americano, Donald Trump, a respeito da transferência da embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém.

“O presidente dos EUA deve retratar-se imediatamente desta decisão equivocada”, acrescentou Tayeb, que atribuiu a Trump a responsabilidade de “inflamar o ódio nos corações dos muçulmanos”.

Após a oração da última sexta, Tayeb se dirigiu ao povo palestino assegurando que a “terceira intifada”, que foi convocada por vários líderes palestinos, “deve estar no nível da sua fé e do seu amor à pátria. Estamos com vocês e não os decepcionaremos”, acrescentou.

Milhares de pessoas se manifestaram na sexta em um grande número de países árabes após a oração de sexta-feira, para demonstrar sua rejeição à decisão de Trump. A expectativa é que os ministros de Relações Exteriores das nações árabes se reúnam hoje no Cairo para estudar a medida do mandatário americano.


Pedido

O presidente da França, Emmanuel Macron fez, na última sexta-feira (8), um apelo à tranquilidade e à responsabilidade de todos, após o anúncio dos Estados Unidos (EUA) sobre o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, ao qual se mostrou crítico. 

Na abertura de uma reunião em Paris do chamado Grupo Internacional de Apoio ao Líbano, Macron manifestou a esperança de que a iniciativa de Washington, que em sua opinião deveria ser objeto de uma negociação entre as partes, “não acabe aumentando a instabilidade na região”.

O presidente francês qualificou, nos últimos dias, de “desafortunada” a reviravolta dada pelo presidente americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, à margem da negociação com os palestinos.

Sobre essa questão também se pronunciou o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, considerando que o apoio que seu país deve receber para a estabilidade da comunidade internacional é “ainda mais urgente” após a decisão de Trump.

Além de assegurar que isso vai complicar o processo de paz entre palestinos e israelitas, Hariri reiterou sua rejeição à nova posição americana e sua aposta em uma solução de dois Estados que permita tornar também Jerusalém a capital da Palestina. (Agência Brasil) 

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