Líderes muçulmanos preparam resposta para crise em Jerusalém
Pelo menos 48 representantes dos 57 países integrantes da OCI participam do encontro
Representantes de 48 países de maioria muçulmana, membros da
Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), se reuniram hoje (13) em
Istambul, na Turquia, para tentar chegar a um acordo conjunto diante da decisão
dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
No discurso de abertura do encontro, o ministro das Relações
Exteriores da Turquia, Mevlut Çavusoglu, afirmou que a cúpula mostrará a reação
do mundo muçulmano diante dos últimos eventos.
“Trabalhar pela unidade dos irmãos palestinos” e
“encorajar outros países em reconhecer a Palestina dentro das fronteiras
anteriores a 1967 e com Jerusalém Oriental como sua capital” são as
prioridades da reunião de hoje, afirmou o ministro.
Pelo menos 48 representantes dos 57 países integrantes da OCI
participam do encontro, de acordo com informações da emissora de TV NTV.
O presidente palestino Mahmoud Abbas, o rei Abdullah, da
Jordânia; o presidente de Azerbaijão, Ilham Aliyev; o emir do Catar, Tamim bin
Hamad Al Sadi e o presidente iraniano, Hassan Rouhani, são alguns dos líderes
que participam da cúpula.
Venezuela
Também estão em Istambul os ministros das Relações Exteriores
do Egito, Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Cazaquistão e o ministro para
Assuntos Islâmicos da Arábia Saudita.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também anunciou
sua participação na reunião na sua função de secretário-geral do Movimento dos
Países Não Alinhados, um órgão de observação da OCI a que pertence o país
sul-americano. A Rússia também enviou um representante como observador.
A reunião foi convocada pelo presidente turco, o islamita
Recep Tayyip Erdogan, após a decisão do presidente americano, Donald Trump, de
reconhecer Jerusalém como capital de Israel e anunciar a transferência da
embaixada para esta cidade.
O líder turco disse recentemente que o governo israelense vê
o conflito causado pelo gesto americano “como uma oportunidade para
aumentar a pressão e violência contra os palestinos” e adiantou que espera
da cúpula “uma mensagem forte”.
Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Britannica Escola)