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domingo, 24 de novembro de 2024
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Segurança Privada

Mais de 1,2 mil pessoas perdem emprego em Goiás

Economia fraca propicia demissões no setor da segurança privada. Fator contribui para crescimento da sensação de insegurança da população

Postado em 13 de dezembro de 2017 por Aline Carleto
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Economia fraca propicia demissões no setor da segurança privada. Fator contribui para crescimento da sensação de insegurança da população

Entre janeiro de 2015 e setembro de 2017, aproximadamente 73 mil vagas foram fechadas na segurança privada em todo o Brasil, segundo informações do Ministério do Trabalho. No ano passado, a atividade apresentou saldo negativo entre o fluxo de admissões e demissões, tendo sido encerrados em torno de 31,3 mil postos de trabalho em todo o país. Só em Goiás foram 1.242 pessoas que perderam seus empregos no período, quase metade desses desligamentos ocorreu somente em 2017, quando o saldo entre admissões e demissões ficou negativo em 522 vagas.

Para analisar o setor de segurança privada é necessário levar em consideração dois fatores essenciais para sua evolução: o crescimento físico do número de trabalhadores e o processo pelo qual se dão os reajustes salariais, os quais são imediatamente absorvidos pelos contratos. Com a crise vivenciada pelo país a partir de 2015, as reduções ocuparam o lugar dos aumentos físicos e quantitativos, uma vez que o setor foi diretamente atingido pelo impacto negativo na economia.

Para piorar o quadro existe a sensação de insegurança da população. Dados divulgados recentemente pelo 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que 61,5 mil cidadãos perderam a vida de forma violenta em 2016 no Brasil, por homicídio doloso, um aumento de 3,8% em relação a 2015. Quase 3 mil pessoas foram vítimas de latrocínio, que é o roubo seguido de morte; e mais de 1 milhão de veículos foram furtados entre 2015 e 2016. Também causa preocupação a informação sobre os investimentos de municípios, Estados e União em políticas públicas de segurança, que caíram 2,6% nesse período.

Esses dados mostram, segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, de Transporte de Valores e de Cursos de Formação do Estado de Goiás (Sindesp-Goiás), Leonardo Otoni, que o setor se beneficia de uma economia forte, não de criminalidade alta, já que o Brasil vive uma onda de violência sem precedentes e o setor também amarga uma depressão. “Estamos percebendo desde 2015 uma queda significativa na geração de emprego no segmento. O setor está em crise, o que pode afetar a segurança das pessoas, já que a vigilância e segurança privada geram um sentimento de confiança no cidadão”, afirmou.

O presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), Jeferson Furlan Nazário, explicou que uma das funções da segurança privada é atuar de forma complementar à segurança pública no combate à criminalidade. Os vigilantes fazem a segurança preventiva de empresas, indústria, comércios, bancos e condomínios, órgãos públicos, escolas e hospitais, o que libera o efetivo policial para atuar nas ruas. “É uma parceria que aumenta substancialmente a segurança e a sensação de proteção da população. O cidadão se sente muito mais tranquilo. O bandido tem um estímulo extra para agir quando chega a um local e não encontra nem vigilantes, nem policiais”, argumentou.

(Assessoria)

Foto: Reprodução 

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