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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Investigação

Fiéis denunciam possível fraude

Grupo de fiéis pede abertura de investigação para saber qual é a origem das despesas da casa episcopal de Formosa

Postado em 14 de dezembro de 2017 por Sheyla Sousa
Fiéis denunciam possível fraude
Grupo de fiéis pede abertura de investigação para saber qual é a origem das despesas da casa episcopal de Formosa

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Marcus Vinícius Beck*

Fiéis pediram ontem (13) a investigação das contas da Diocese da Igreja Católica em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Eles cobram maiores explicações sobre o aumento nas despesas da casa episcoal, que passou de R$ 5 mil para R$ 35 mil, desde que Dom José Ronaldo assumiu o posto há três anos. Em meio à polêmica, o grupo que contesta as contas disse que não vai recolher dízimos até que seus questionamentos sejam respondidos. 

Segundo um fiel que preferiu o anonimato, as contas da cúria não fecham e, por isso, é necessária a abertura pública dos números da administração da Diocese. No entanto, a Igreja afirmou que o custo das 33 paróquias é de aproximadamente R$ 12 milhões por ano, enquanto que a arrecadação é de R$ 16 milhões. O restante do fundo é destinado para cada unidade. 

Questionado pela imprensa, Dom José Ronaldo alegou que não põe as mãos no dinheiro e que jamais houve pedido, por parte do grupo, para abertura da prestação de contas. De acordo com o padre, não há nada de impropriedade em sua gestão à frente da cúria. Ele assegurou que não tocou na verba das paróquias, e que lembrou que elas são destinadas à manutenção das necessidades da Diocese. 

No entanto, o grupo de fiéis rebateu as afirmações de Dom José, e disse que ele se nega a prestar conta do que faz com o dinheiro. O grupo chegou a denunciar o problema para o Ministério Público de Goiás (MP-GO). A promotoria disse que recebeu pedido e que agudarda um parecer jurídico para começar a apurar o caso.

No ano passado, a divulgação do patrimônio do padre Moacir Anastácio causou estrondo em uma Igreja Católica e seus fiéis, em Taguatinga, cidade satélite de Brasília. Levantamento da Polícia Federal (PF) mostrou o que patrimônio do sacerdote era de aproximadamente R$ 3,3 milhões.

Estupro

Casos em igrejas que suscitam polêmica não é exclusividade da Igreja Católica, e sim uma triste realidade que acomete várias instituições religiosas do estado de Goiás. No ano passado, por exemplo, a Polícia Civil prendeu os pastores Antônio Carlos de Jesus e Jéssica Teles da Cruz por estupro de fiéis. O homem, com a cumplicidade de sua esposa, aliciava fiéis a manter relações sexuais com a desculpa de que o ato quebraria as maldições. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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