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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Levantamento

Brasileiros terão ceia de Natal mais barata este ano, indica pesquisa da FGV

Pesquisa revela que os itens que compõem a ceia de Natal ficaram 7,68% mais baratos do que no ano passado

Postado em 19 de dezembro de 2017 por Victor Pimenta
Brasileiros terão ceia de Natal mais barata este ano
Pesquisa revela que os itens que compõem a ceia de Natal ficaram 7

A ceia deste Natal dos brasileiros vai ser mais farta e mais
em conta, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Pesquisa divulgada
hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV revela que os
itens que compõem a ceia de Natal ficaram 7,68% mais baratos do que no ano passado,
e abaixo da inflação média registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor-10 da
FGV no acumulado de janeiro a dezembro deste ano (3,24%).

O economista do Ibre e coordenador do IPC da FGV, André Braz,
confirmou que a cesta de alimentos recuou tanto porque 2017 foi um ano bom para
a agricultura, teve oferta grande de alimentos. “Com a oferta garantida, o
preço não sobe muito. Então, devolveu parte daqueles aumentos acumulados em
2016, onde a mesma cesta subiu mais de 10%. Este ano, foi a vez da devolução e
boa parte dela veio nesse resultado, com essa queda de mais de 7%”, observou
Braz.

Segundo o economista, não vai haver muita dificuldade para as
famílias comprarem produtos para a ceia. Destacou, entretanto, que para as
pessoas que perderam o emprego e estão vivendo o drama da recessão, não adianta
os preços ficarem mais baixos, porque não têm como comprar.

Entre os itens natalinos que apresentaram maiores quedas de
preço, o levantamento da FGV salienta as frutas, com menos 13,86%; farinha de
trigo (-12,83%); bacalhau (-12,31%); arroz (-11,25%); batata-inglesa (-9,32%).
Em contrapartida, os maiores aumentos foram apurados em lombo suíno (+6,58%),
cebola (+5,60%) e vinho (+5,11%).

Presentes

A cesta de presentes mais comuns no período natalino subiu
somente 0,67%, o que pode estimular mais compras por parte dos consumidores.
“Subiu pouco, perdeu para a inflação e isso, para quem fez economia para
comprar presentes, é o melhor negócio. É uma fase em que as pessoas consomem um
pouco mais, tem o décimo terceiro”.

André Braz advertiu, porém, que, para aqueles que não se
prepararam ou que têm outras prioridades para presente, é momento de se provisionar
um pouco, porque ainda que os indicadores mostrem que a economia está se
aquecendo, o crescimento é lento e o desemprego ainda está elevado. “É melhor
fazer uma garantia e gastar pouco com presentes para driblar melhor esse
período de recuperação da atividade econômica”, recomendou.

Apesar de alguns artigos eletroeletrônicos e
eletrodomésticos, como aparelho celular, forno elétrico e de micro-ondas, terem
apresentado quedas expressivas de preços (6,57% e 4,16%, respectivamente), Braz
destacou que as pessoas não devem ir com muita ânsia às compras. “O momento não
é muito convidativo e a gente ainda tem um período longo de recuperação, que
deve durar em torno de um ano e meio a dois anos”, ponderou.

Para quem se preparou e está pensando em presentear alguém
com um item novo, o economista avaliou que está tudo bem; faz parte do
movimento do Natal. Mas sublinhou que preços promocionais ocorrem toda hora. O
mais interessante para ele, no momento, é a pessoa provisionar algum dinheiro
para momentos difíceis. “Enquanto a economia está retomando, ainda há risco de
alguns brasileiros sofrerem com desemprego ou prolongarem a situação de
desempregados. Então, é bom ter uma reserva para driblar esses momentos”.

De acordo com o levantamento do Ibre-FGV, vestuário subiu
0,66%, com destaque para calçados infantis (alta de 5,67%). Já a variação de
acessórios do vestuário foi positiva em 3,82%, destacando bijuterias em geral,
que subiram 7,07% este ano. O item livros, artigos esportivos e jogos teve alta
de 1,09%. Nesse item, a maior variação positiva foi encontrada em jogos para
recreação (4,29%), enquanto a maior deflação foi encontrada em bonecas
(-3,91%). 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Agência O Globo/Fábio Rossi)

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