Atenção às comidas na ceia de fim de ano ajuda a evitar crises de labirintopatia
Alimentação errada pode causar tonturas, vertigens, náuseas e outros sintomas
As festas de final de ano são conhecidas pela reunião de pessoas, troca de presentes e celebrações com as tradicionais comilanças. No entanto, é preciso ter atenção aos exageros para evitar uma verdadeira dor de cabeça, que não é resultante da famosa ressaca do dia seguinte, mas de uma crise de labirintopatia. Erroneamente, a labirintite é associada às sensações de desequilíbrio em geral, incluindo zumbido no ouvido. No entanto, a labirintite é uma infecção grave e muito rara do labirinto, enquanto a labirintopatia é o nome genérico que se dá aos problemas relacionados tanto com a audição quanto com o equilíbrio corporal.
Atualmente, as tonturas afetam quase 30% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo um dos sintomas mais comuns da labirintopatia. No Brasil, três em cada dez pessoas sofrem de distúrbios de equilíbrio e a maior parte delas tem entre 40 e 60 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Otologia (SOB).
Para prevenir a manifestação desses e outros sinais da doença é fundamental ter uma boa alimentação. Por isso, na ceia de Natal e Ano Novo, as carnes mais leves, com menor quantidade de sal e temperos naturais em vez de condimentados são uma boa opção, assim como passar longe dos refrigerantes, sobremesas com açúcar e massas. As bebidas alcoólicas também não são indicadas para quem sofre desse mal.
Os transtornos que afetam o labirinto desencadeados pelos hábitos alimentares ocorrem, frequentemente, de acordo com a otorrinolaringologista Heiko Yokoy, por conta das alterações na forma de processar carboidratos e açúcar no organismo de cada pessoa. “A ingestão em excesso de doces, café, massas, queijos e bebidas alcoólicas interfere no funcionamento adequado do labirinto pois afeta o metabolismo das gorduras e dos açúcares, causando elevação do colesterol e triglicérides, diabetes, hipoglicemia, entre outros problemas”, esclareceu a médica.
Labirintopatias
O diagnóstico de qualquer labirintopatia depende de ampla avaliação clínica do paciente. Pelo fato de o ouvido se tratar de um órgão interno, existe a necessidade de fazer uma avaliação funcional. Exames complementares, tais como audiometria, testes vestibulares e BERA ajudam na identificação do problema. Alguns exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, também podem ser indicados. Somente após um diagnóstico minucioso é que o tratamento pode ser iniciado. “Quando é constatado que um paciente tem alguma labirintopatia, ele precisa primeiramente mudar seus hábitos de vida, seguir uma dieta balanceada e praticar atividades físicas”, ressaltou Yokoy.
(Assessoria)
Foto: Reprodução