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terça-feira, 26 de novembro de 2024
Silenciamento

Anistia acusa China de aproveitar o Natal para condenar dissidentes

O ativista Wu Gan, conhecido por campanhas em defesa de direitos humanos, foi condenado na terça-feira (26) a oito anos de prisão por “subversão”

Postado em 27 de dezembro de 2017 por Victor Pimenta
Anistia acusa China de aproveitar o Natal para condenar dissidentes
O ativista Wu Gan

A organização Anistia Internacional (AI) acusou a China de
aproveitar o Natal – uma época de menor presença de diplomatas e imprensa
internacional no país – para silenciar dissidentes políticos, como reação às
penas impostas na terça-feira contra os ativistas Wu Gan e Xie Yang.

“É uma vergonha que as autoridades chinesas tenham
escolhido o dia posterior ao do Natal para tratar o caso de duas pessoas que
ficaram num limbo legal, após a campanha sem precedentes contra ativistas e
advogados de direitos humanos iniciada em 2015”, afirmou em comunicado o
pesquisador da organização para a China Patrick Poon.

“Realizar julgamentos injustos e sentenças politizadas
de defensores dos direitos humanos num momento no qual é mais difícil que
diplomatas, jornalistas, observadores internacionais e opinião pública
respondam ao cínico cálculo político”, ressaltou Poon.

Wu Gan, um ativista conhecido pelas suas campanhas em defesa
de direitos humanos tanto nas vias públicas quanto por meio da internet, foi
condenado na terça-feira (26) a oito anos de prisão por “subversão”, um
crime frequentemente usado contra presos políticos na China.

O advogado Xie Yang, que defendeu vários casos relacionados
com os direitos humanos na China, também foi considerado culpado desse crime. A
sentença, separada, foi estabelecida ontem, embora os tribunais tenham lhe
absolvido de ir para a prisão por considerar que tinha confessado seus crimes.

“Ao tentar esquivar a apuração da imprensa e da
comunidade internacional, o governo chinês não pode ocultar o fato de que esses
vergonhosos julgamentos não se sustentam”, acrescentou Poon. 

Fonte: Agência Brasil e Agência EFE. (Foto: Reprodução/OndaTOP)

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