Ação da Prefeitura e Fundação Banco de Olhos vai reduzir 42% da fila de glaucoma
Cerca de 700 pacientes do Sistema Único de Saúde serão atendidos entre os dias 15 e de 19 de janeiro
Entre os dias 15 e 19 de janeiro cerca de 700 pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que aguardam na fila do glaucoma passarão por atendimento médico especializado em oftalmologia. O objetivo é reduzir quase pela metade a fila de espera pelo serviço na rede pública. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 05, pela secretária municipal de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, e pelo presidente da Fundação Banco de Olhos de Goiás (Fubog), Zander Campos.
Considerada uma das maiores causas de cegueira no mundo, o glaucoma é uma doença silenciosa e que leva a danos irreversíveis. Para Fátima Mrué, a parceria com a Fubog vai antecipar a consulta de quem aguarda e agilizar o tratamento destas pessoas. “O trabalho é importante para otimizar a assistência em saúde daqueles que aguardam na fila para que tenham as necessidades imediatamente atendidas”, ponderou a gestora.
Fila de espera
Ao todo, a fila do glaucoma conta com 1.700 pessoas na Capital. Em cinco dias de atendimento, o esperado é reduzir em 42% este número e tirar cerca de 700 pessoas da lista de espera. “O trabalho vai adiantar as consultas que seriam realizadas entre maio e dezembro de 2018”, explicou o presidente da Fubog, Zander Campos. Com a intensificação das atividades, será possível redistribuir o atendimento e absorver as outras 1.000 pessoas ao longo do ano.
Durante o lançamento da campanha, Fátima Mrué anunciou que a atual da gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) já iniciou as discussões para a criação de um serviço para estabelecer uma linha de cuidado do glaucoma. “As conversas ainda estão na fase inicial, mas temos importantes parceiros, como a Fubog, por exemplo, interessados em nos apoiar neste projeto”, adiantou a secretária.
A doença
“O glaucoma é considerado a cegueira silenciosa, uma doença ocular que causa danos ao nervo óptico, geralmente por causa do aumento da pressão intraocular”, explicou a oftalmologista e diretora clínica da Fubog, Luciene Barbosa. Além da prevenção é importante ficar atento aos fatores de risco para a doença, como questões hereditárias e diabetes, por exemplo. “As lesões causadas pela doença são irreversíveis, porém é possível controlar para que a progressão do glaucoma seja desacelerada”, pontuou a médica.
Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia estimam que entre 2% e 3% dos brasileiros com idade superior a 40 anos possam ter glaucoma. Para tratar o glaucoma o Sistema Único de Saúde, oferece consultas, exames de diagnóstico, acompanhamento, tratamento oftalmológico e cirurgias. Para o Ministério da Saúde, na rede pública uma das principais estratégias de combate ao glaucoma é a prevenção das doenças que causam o problema. As ações preventivas permitem a detecção precoce, o que contribuiu para o tratamento mais rápido e adequado.