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sexta-feira, 30 de agosto de 2024
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Crescimento

Inflação baixa mostra que país pode continuar com recuperação, diz Planejamento

De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, o resultado positivo da inflação se deve a diversos fatores, entre eles a desaceleração nos preços livres

Postado em 10 de janeiro de 2018 por Victor Pimenta
Inflação baixa mostra que país pode continuar com recuperação
De acordo com os dados divulgados pelo IBGE

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão disse
hoje (10), em nota, que o resultado da inflação de 2017 mostra que o país pode
dar continuidade ao processo de recuperação do crescimento econômico.  Segundo a pasta, 2017 “terminou com
resultados favoráveis no campo econômico”. O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta-feira, ficou em 2,95% no ano
passado – menor nível desde 1998 (1,65%).

“Saímos da maior recessão da nossa história, com dois
anos seguidos de queda no PIB [Produto Interno Bruto], voltamos a gerar
empregos e a inflação, como divulgada hoje pelo IBGE [Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística], mostrou recuo de maneira significativa”, diz o
Planejamento. “Com a inflação sob controle, o País pode dar continuidade
ao processo de recuperação do crescimento econômico em curso gerando empregos e
aumentando a renda das famílias”, acrescenta o texto.

De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, o resultado
positivo da inflação, segundo o Planejamento, se deve a diversos fatores, entre
eles a desaceleração nos preços livres, que passaram de 6,54%, em 2016, para
1,35%, em 2017, com recuo na inflação de serviços de 6,47%, em 2016, para
4,52%, em 2017. A variação dos bens apresentou deflação, de 1,42%, ante alta de
6,63%, em 2016.

O destaque foi ainda a deflação do grupo alimentos e bebidas,
cuja variação foi de -1,87%, em 2017. Em 2016, o mesmo grupo registrou alta de
8,61%. Desde 2010, a inflação dos alimentos e bebidas ficava, em média,
superior a 9%.

Banco Central

A taxa de inflação ficou abaixo do centro da meta, de 4,5%, o
que não ocorria desde 2009, e, pela primeira vez, abaixo do limite inferior de
tolerância, de 3%.

Devido ao resultado, o Banco Central terá que justificar o
descumprimento da meta de inflação, mesmo que esse descumprimento tenha sido
para baixo. A carta aberta do Banco Central a ser enviada pelo presidente da
instituição, Ilan Goldfajn, ao presidente do Conselho Monetário Nacional,
ministro Henrique Meirelles, será divulgada na tarde desta quarta-feira. Em
seguida, o presidente falará com a imprensa.

Parte do regime de metas para a inflação no Brasil, a carta
aberta é um instrumento pelo qual o Banco Central presta contas à sociedade
sobre o cumprimento das metas fixadas pelo CMN. Esta é a primeira vez que a
meta é descumprida por ficar abaixo do piso. A meta ficou acima do teto quatro
vezes: 2001, 2002, 2003 e 2015. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Tudo Rondônia)

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