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domingo, 24 de novembro de 2024
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Vulcão Mayon

Filipinas decretam alerta máximo depois de ameaça de erupção vulcânica

Mayon teve uma erupção pela primeira vez na tarde de sábado, liberando nuvens e cinzas, e o organismo estatal, que no domingo decretou nível 2, decidiu aumentá-lo para 3 nas últimas horas

Postado em 15 de janeiro de 2018 por Márcio Souza
Filipinas decretam alerta máximo depois de ameaça de erupção vulcânica
Mayon teve uma erupção pela primeira vez na tarde de sábado

As Filipinas estão em alerta
máximo devido ao vulcão Mayon, que segundo especialistas pode entrar em erupção
de maneira iminente após ter liberado, durante o final de semana, espessas
nuvens de cinzas e forçar o deslocamento de milhares de pessoas.

A agência sismológica das
Filipinas (PHIVOLCS) elevou nesta segunda-feira para “crítico” o
nível de alerta perante a possibilidade deste vulcão, situado ao leste do
arquipélago e a cerca de 350 quilômetros de Manila, expulsar rios de lava sobre
populações e campos.

Mayon teve uma erupção pela
primeira vez na tarde de sábado, liberando nuvens e cinzas, e o organismo
estatal, que no domingo decretou nível 2 (“crescente preocupação”),
decidiu aumentá-lo para 3 nas últimas horas.

Depois da primeira erupção ocorreram
outras duas, que provocaram 158 desprendimentos de rochas e o deslocamento em
massa de mais de mil pessoas em um raio de 6 quilômetros.

Hoje, o raio foi ampliado para 7
quilômetros, e o número de pessoas deslocadas subiu para 12.044, informou à Agência
EFE a porta-voz do Escritório de Defesa Civil da província de Bicol, Rachel Ann
Miranda.

“Tudo indica que vai haver
uma erupção mais forte, por isso nos preparamos para diferentes cenários”,
assegurou a porta-voz, após confirmar que já não restam civis na área de
perigo.

A erupção pode ocorrer de forma
iminente, mas também pode demorar semanas, por isso as autoridades locais
buscam modos de facilitar uma “evacuação a longo prazo” dos moradores
hospedados em refúgios temporários ou centros escolares, indicou Miranda.

O próximo passo, assegurou, será
retirar “os animais da zona de perigo com o objetivo de que os moradores
não tenham que retornar às aldeias para resgatar o gado”.

Segundo o último comunicado da
PHIVOLCS, o vulcão “mostra uma relativa alta instabilidade e tem magma na
cratera, sendo assim é possível que ocorra uma erupção perigosa em questão de
semanas ou inclusive dias”.

A agência informou que a cratera
“mostra um resplendor brilhante que indica o crescimento de um novo domo
de lava e as primeiras correntes de lava para as ladeiras do lado sul”.

Além de decretar a evacuação de
pessoas e animais da zona de perigo, as autoridades restringiram o voo de
aviões nas imediações.

A atividade do Mayon foi notada
na zona através de fortes estrondos e um intenso cheiro de ácido sulfúrico,
segundo os testemunhos feitos à imprensa pelos moradores das localidades
divisórias.

No entanto, hoje o vulcão deixou
de desprender cinzas e desapareceu da vista pelo intenso nevoeiro que se
misturou com as nuvens de gases que ainda emanam de sua cratera.

A erupção mais potente na
história da Filipinas e a segunda maior do mundo no século 20 foi a do
Pinatubo, em junho de 1991, que deixou cerca de 850 mortos e mais de 1 milhão
de afetados, além de gerar uma capa global de ácido sulfúrico que causou danos
na atmosfera.

O arquipélago filipino, onde há
23 vulcãos ativos, está localizado sobre uma zona de intensa atividade sísmica
inscrita dentro do chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, que se estende
desde a costa oeste do continente americano até a Nova Zelândia, passando pelo
Japão, Filipinas e Indonésia. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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