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domingo, 29 de dezembro de 2024
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Saúde

Obesidade cresce entre usuários de planos de saúde, diz pesquisa

Em 2008, 46,5% dos entrevistados apresentavam Índice de Massa Corpórea (IMC) superior a 25 pontos. Essa parcela da população aumentou para 53,7% quando a pesquisa foi repetida no ano passado

Postado em 15 de janeiro de 2018 por Márcio Souza
Obesidade cresce entre usuários de planos de saúde
Em 2008

Uma pesquisa com 53 mil usuários
de planos de saúde de todo o Brasil aponta aumento da obesidade e do sobrepeso
entre 2008 e 2016, apesar de terem se tornado mais frequentes o consumo de
frutas e hortaliças e a prática de atividade física.

Os dados foram divulgados hoje
(15) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e fazem parte da
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel). Foram entrevistados por telefone cerca de 20 mil homens e
33 mil mulheres que moram nas 26 capitais estaduais e no Distrito Federal.

Em 2008, 46,5% dos entrevistados
apresentavam Índice de Massa Corpórea (IMC) superior a 25 pontos. Essa parcela
da população aumentou para 53,7% quando a pesquisa foi repetida no ano passado.

O Índice de Massa Corpórea é um
dos parâmetros utilizados pela Organização Mundial da Saúde para identificar se
uma pessoa está em um peso correspondente a sua altura. O valor é calculado
dividindo o peso da pessoa pela sua altura ao quadrado [multiplicada por ela
mesma]. Quando atinge ao menos 30 pontos de IMC, uma pessoa é considerada
obesa, o que é o caso de 17,7% dos usuários de planos de saúde.

Em 2008, essa parcela era de
12,5%, e, se comparado o número de obesos daquele ano ao de 2016, é possível
constatar que houve um crescimento de 41,6%.

Mais frutas e hortaliças

Apesar dessa alta, a pesquisa constatou
a melhora de alguns indicadores. O número de adultos que consomem refrigerantes
ao menos cinco vezes por semana caiu de 26,2% para 14,7%.

O percentual de pessoas que
trocam refeições por lanches começou a ser medido em 2013 e também caiu, de 19%
para 15,6%. Por sua vez, o hábito de comer hortaliças e frutas com regularidade
cresceu de 27% em 2008 para 30,5% em 2016.

A população que pratica ao menos
150 minutos de atividade física moderada ou intensa semanalmente cresceu de
37,4% em 2010 para 42,3% em 2016. A inatividade física, por outro lado, caiu
cinco pontos percentuais, de 19,2% para 14,2%.

Foi classificado como inativo o
entrevistado que respondeu não ter praticado nenhuma atividade física nos três
meses anteriores à pesquisa. Também são consideradas nessa resposta a
realização de atividade física no trabalho, limpeza pesada em casa e caminhadas
de pelo menos 10 minutos para ir ou voltar de uma atividade díaria, como o
trabalho ou a escola.

Obesidade por capital

A pesquisa identificou números
regionais sobre os fatores de risco pesquisados e chegou à conclusão que cinco
capitais já registram mais de 20% de usuários de plano de saúde obesos.

Manaus tem o índice mais elevado,
com 22,3%, seguida por Macapá, com 20,8%, e Rio de Janeiro, com 20,5%. João
Pessoa tem 20,2% e Aracaju, 20%. Palmas e Distrito Federal têm o menor
percentual, de 13,4%.

Tabagismo

Outro dado levantado na pesquisa
foi o consumo de cigarro, que apresentou queda em relação a 2008, mas parou de
cair se observada a variação de 2015 para 2016.

Em 2008, 12,4% dos entrevistados
eram fumantes, patamar que caiu ano após ano até atingir 7,2% em 2015. No
passado, 7,3%  dos usuários de plano de
saúde declararam ser fumantes.

O número de fumantes passivos em
domicílio ou em local de trabalho também caiu. As pessoas expostas ao tabaco em
casa registrou índice de 6,3%, e 5,2%, no trabalho. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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