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domingo, 24 de novembro de 2024
Indicador

Aumenta a oferta de emprego na indústria brasileira, diz CNI

Taxa é a maior registrada desde novembro de 2014

Postado em 16 de janeiro de 2018 por Victor Pimenta
Aumenta a oferta de emprego na indústria brasileira
Taxa é a maior registrada desde novembro de 2014

O emprego na indústria brasileira cresceu 0,3% em novembro na
comparação com outubro do ano passado, na série livre de influências sazonais,
no segundo mês consecutivo de melhora no emprego. A taxa é a maior registrada
desde novembro de 2014, de acordo com a pesquisa Indicadores Industriais
divulgada hoje (16) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“É uma taxa de crescimento mensal que, embora ainda baixa, é
a maior desde fevereiro de 2014, quando registrou 0,7%. Já a utilização da capacidade
instalada subiu para 78,3%”, diz o documento.

Segundo os indicadores, o crescimento de 0,6% no número de
horas trabalhadas, também na série dessazonalizada, reverte a queda registrada
no mês anterior, e o aumento de 78,3% da capacidade instalada representa o
maior nível desde desde fevereiro de 2016.

Apesar da confirmação da recuperação industrial do país, os
demais indicadores de novembro, em comparação a outubro, continuam negativos. O
faturamento caiu 0,6%, a massa real de salários recuou 0,8% e o rendimento
médio do trabalhador diminuiu 0,5% na comparação com o mês anterior.

Para o economista da CNI, Marcelo Azevedo, “os resultados
positivos estão ficando mais frequentes, o que indica que a atividade
industrial está se recuperando lentamente”. Segundo o economista, ao longo dos
últimos meses, os índices estão alternando resultados positivos e negativos e,
com isso, não mostram uma trajetória sustentada de crescimento.

“Assim, faltando apenas um mês para que todos os resultados
de 2017 estejam disponíveis, o acumulado de 2017, comparado a igual período de
2016, mostra queda de emprego, horas trabalhadas, massa salarial real e
faturamento real”, disse Azevedo.

De acordo com os dados, o rendimento médio real do
trabalhador, beneficiado pela inflação em queda, aponta crescimento, e que a
utilização da capacidade instalada industrial média em 2017, até novembro,
supera em 0,3 ponto percentual a média do mesmo período de 2016.

Azevedo destacou que, no acumulado de janeiro a novembro de
2017, em relação ao mesmo período de 2016, a maioria dos indicadores apresenta
quedas. “Nesta base de comparação, o faturamento diminuiu 0,7%, as horas
trabalhadas na produção caíram 2,3%, o emprego recuou 2,9% e a massa real de
salários encolheu 2%, mas o rendimento médio do trabalhador aumentou 1%,
favorecido pela queda da inflação e a utilização média da capacidade instalada
aumentou 0,3 ponto percentual.

Dados ao longo do ano

Os dados da CNI indicam que o faturamento real da indústria
vem oscilando ao longo do ano, embora mantendo a tendência de alta. O
faturamento real caiu 0,6% em novembro, após dois meses consecutivos de
crescimento.

Apesar da queda frente a outubro, o faturamento de novembro
de 2017, no entanto, é 5,3% maior que o registrado em novembro de 2016. Já o
faturamento industrial acumulado até novembro do ano passado é 0,7% inferior ao
observado em igual período de 2016.

Por outro lado, o emprego industrial aumentou 0,3% entre
outubro e novembro, descontados os efeitos sazonais, registrando o terceiro mês
consecutivo sem queda do emprego e a taxa de crescimento mensal é a maior desde
fevereiro de 2014, quando registrou 0,7% de crescimento.

Apesar do aumento no mês, o emprego em novembro de 2017 é
0,7% inferior ao registrado em novembro de 2016 e o acumulado no ano é 2,9%
menor que o acumulado em igual período de 2016.

As horas trabalhadas aumentaram 0,6%, revertendo a queda de
mesma intensidade do mês anterior. As horas trabalhadas em novembro de 2017
superam em 0,4% o registrado em novembro de 2016, mas o acumulado no ano é 2,3%
menor

Massa e Rendimento salarial

A oscilação dos vários dados dos segmentos industriais se
verifica também no que diz respeito à massa salarial paga ao trabalhador que
fechou em queda de 0,8% em novembro, frente a outubro do ano passado,
alternando variações mensais negativas e positivas do longo do segundo semestre
do ano, registrando, contudo, quedas mais fortes.

Com isso, a massa salarial de novembro de 2017 é 0,1% menor
que a massa paga no mesmo mês de 2016, enquanto o acumulado no ano é 2%
inferior ao registrado no mesmo período de 2016.

Também fechou em queda o rendimento médio real, que recuou
0,5% em novembro após os ajustes sazonais. O resultado reverte parcialmente o
crescimento do mês anterior, de 0,9%. Nos últimos meses, o rendimento vem
alternando variações positivas e negativas. Ainda assim, o rendimento médio
real de novembro de 2017 é 0,7% superior ao registrado em novembro de 2016,
enquanto o rendimento acumulado no ano é 1% maior. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Marcelo Almeida/Exame)

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