Moradores promovem protesto nesta quinta (18) em virtude de instalação de postes
As obras, que prosseguem em ritmo acelerado, foram consentidas por uma decisão judicial adotada pelo desembargador Leobino Chaves
*Atualizado às 12h40 de 18/01 para acréscimo da nota da Celg
Uma movimentação na divisa dos
bairros Parque Amazônia e Anhanguera, na região Sul da capital, assustou
moradores nos últimos dias. No local, que dá acesso à Sub-Estação Atlântico, a
Celg-D teria instalado uma rede de alta tensão sem aviso prévio. Diante da
situação, foi programado pela comunidade um protesto nesta quinta-feira (9).
As obras, que prosseguem em ritmo acelerado,
foram consentidas por uma decisão judicial adotada pelo desembargador Leobino
Chaves, mas tentam ser barradas por moradores de 8 bairros atingidos pela obra,
por meio de representação legal.
Projetada em 2006 a fim de que
fossem interligadas 3 subestações da capital, não foi feita nenhuma ação de
discussão ou comunicação por parte da empresa com a população antes de seu
início. Ao longo do tempo, uma série de divergências aconteceu e em 4 oportunidades
a obra permaneceu embargada.
Em 2017, o prefeito de Goiânia,
Íris Rezende, determinou que fosse dada uma concessão de licença ambiental em
troca de uma outra rede de alta tensão que seria removida por impedir a
ampliação do aterro sanitário. De responsabilidade da Prefeitura, a Celg-D, no
entanto, se comprometeu a fazer em troca da licença, com custo estimado em R$ 4
milhões.
Com a retomada das obras, voltaram
na mesma proporção as manifestações contrárias à execução. Para tanto, desde a última
semana, um acampamento foi montado na Rua Francisco de Faria, no Setor Santa
Rita. Além do protesto desta quinta (18), novos atos estão sendo programados.
Nota da Celg
A Celg Distribuição informa que
as obras da Linha de Distribuição Carajás foram retomadas no último dia (9). A
nova linha de distribuição é essencial para melhorar a qualidade do
fornecimento de energia elétrica na Região Metropolitana de Goiânia, garantindo
a confiabilidade do sistema elétrico que atende a clientes residenciais,
comerciais e industriais.A distribuidora ressalta que as
intervenções possuem todas as licenças ambientais necessárias e a autorização
do poder público municipal, além da anuência da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel). A linha também segue todas as normas técnicas e a legislação
vigente em relação aos parâmetros de segurança. Além disso, o traçado da obra
foi concebido para ter o menor impacto possível.Sobre o trecho da obra que passa
pela Rua Francisco de Faria, a Celg esclarece que todos os cabos condutores
estão voltados para o lado da rua e que, portanto, não invadem os lotes
existentes na localidade. A Celg Distribuição acrescenta, por fim, que tem
buscado o diálogo constante com representantes dos moradores da região, com o
intuito de reforçar a necessidade da obra e esclarecer todas as dúvidas da
população.