Trump não negociará sobre imigração enquanto durar paralisação do governo
Comunicado foi emitido depois que Trump acusou horas antes a oposição democrata de provocar a paralisação parcial do governo, logo no dia em que ele completa seu primeiro ano no poder
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não negociará
sobre imigração (como exige a oposição democrata) até que acabe a paralisação
do governo federal, que deixou de funcionar parcialmente a partir da primeira
hora de sábado (20) pela falta de acordo no Congresso para aprovar um
orçamento federal, informou a Casa Branca.
“O presidente não negociará sobre uma reforma migratória
até que os democratas deixem de fazer jogos e reabram o governo”, afirmou
a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.
Segundo Sarah Sanders, Trump está sendo informado
regularmente sobre a situação por membros de seu governo e do Congresso, onde a
Câmara dos Representantes e o Senado se reúnem hoje na tentativa de buscar uma
saída para a crise.
Trump falou hoje com o presidente da Câmara, o republicano
Paul Ryan, e o líder da maioria conservadora no Senado, Mitch McConnell.
“Estamos comprometidos em garantir a proteção do povo
americano, especialmente das nossas grandes Forças Armadas e das crianças mais
vulneráveis”, acrescentou a porta-voz presidencial.
O comunicado foi emitido depois que Trump acusou horas antes
a oposição democrata de provocar a paralisação parcial do governo, logo no dia
em que ele completa seu primeiro ano no poder.
O Senado não aprovou ontem os novos recursos necessários para
financiar o governo, provocando uma paralisação parcial do Executivo de Donald
Trump, deixando suas atividades indefinidas a partir da primeira hora de hoje.
A proposta apresentada pelos republicanos, que a Câmara
conseguiu aprovar na quinta-feira (18), dotava o governo de fundos até 16 de
fevereiro, prolongando assim o prazo de negociação entre democratas e
republicanos para o orçamento definitivo.
Os democratas, no entanto, condicionaram o seu apoio ao
projeto orçamentário de Trump a que os republicanos regularizassem os cerca de
800 mil jovens imigrantes irregulares conhecidos como dreamers (sonhadores),
que chegaram ao país durante a infância.
Fonte: Agência Brasil e Agência EFE. (Foto: Reprodução/Shawn Thew/EPA/EFE/Rex/Shutterstock)