Brasil é o 6º país no ranking de vulnerabilidade a ataques cibernéticos
Especialista aconselha que, para evitar problemas com vírus, é necessário possuir um sistema que faça o backup dos dados e atualizá-los frequentemente
O Brasil é o sexto país mais vulnerável a vírus do tipo ramsonware, segundo levantamento da empresa de segurança Kaspersky. Esse tipo de malware bloqueia os arquivos de um computador até o pagamento de um resgate. Nossa nação tropical perde para países como Rússia, Ucrânia, China, Índia e México.
Em 2015, o Brasil ocupava a 10º posição, de acordo com o 20º Relatório de Segurança contra
Ameaças na Internet da Symantec. Já um estudo feito por uma empresa que
desenvolve aplicativos gratuitos para Android com funções como antivírus, analisa que, até o fim de 2017, os ataques
cibernéticos devem ter crescido 57%, ainda mais com o surgimento de uma nova versão
do ransomware Scarab, que já afetou cerca de 12,5 milhões de
contas via e-mail.
Há menos de um mês, a empresária Anna Paula Barros, de 35 anos, teve
toda a rede de informações da sua empresa de eventos invadida por um vírus
chamado black mirror, que é tão potente que conseguiu até mesmo desativar o
antivírus da máquina. O resultado foi que todos os arquivos do servidor de Anna Paula
estão criptografados.
“Esse vírus estava no banco de dados do servidor que
usamos aqui na empresa, por isso ele conseguiu infectar não apenas os nossos
arquivos, mas também a nuvem na qual salvamos as informações do nosso sistema.
O prejuízo só não foi pior por utilizarmos HD externo como uma outra
alternativa de armazenamento de dados”, conta.
O coordenador de suporte
da empresa de TI da HelpDigital, Paulo Sérgio Aguiar Trigueiro, alerta que para evitar
problemas com vírus é necessário possuir um sistema empresarial que faça o backup dos
dados e atualizá-los frequentemente, pois são nestes backups que estarão todas
as informações do seu negócio.
“Atualmente as pessoas não levam muito a sério o perigo que
os ataques cibernéticos podem representar, tanto que a maioria das empresas
optam pela não execução de backups, julgando ser um recurso desnecessário e
muito caros. Os backups são uma espécie de paliativo. Ter todo o sistema
hackeado ou sequestrado, como está acontecendo ultimamente, acaba gerando
transtornos e despesas maiores para o empresário”, alerta o especialista.
Paulo explica ainda que, quando a empresa não
possui backup ela se tona um alvo fácil de ataque como um ransomware. Essa modalidade de crime surgiu em 2016, mas
intensificou-se em 2017 e já atingiu centenas de milhares de computadores em
praticamente todos os países do mundo afetando computadores vulneráveis tanto
em residências quanto aqueles utilizados em empresas de todos os portes.
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