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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Cuidados

Em Goiás, 95% das pessoas estão vacinadas

Surto de febre amarela em outros estados levou população a se precaver. Secretaria diz que há 80 mil doses de vacina nos postos

Postado em 23 de janeiro de 2018 por Sheyla Sousa
Em Goiás
Surto de febre amarela em outros estados levou população a se precaver. Secretaria diz que há 80 mil doses de vacina nos postos

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Marcus Vinícius Beck*

O surto de febre amarela em vários estados da região sudoeste provocou uma corrida para os postos de saúde de Goiás. Mesmo com o medo que a doença gera na população, a Secretária de Saúde (SES) disse que não há motivos para temor. A pasta garantiu que mais de 95% das pessoas que vivem no estado estão vacinadas. Neste ano, ainda não foi confirmado nenhum caso da doença em Goiás. Em 2017, uma pessoa morreu.

A secretaria afirmou que há 80 mil doses de vacinas disponíveis nos postos. No entanto, o estoque da Central Estadual da Rede de Frio acumula 150 mil doses. Em entrevista coletiva na última semana, o secretário de saúde, Leonardo Vilela, disse que Goiás é apontado pelo Ministério como exemplo no combate e vacinação contra febre amarela no âmbito nacional.  Mas a pasta investiga outros casos da doença no interior do Estado. 

Fracionamento

Em meio à crise, a população tem de estar atenta para alguns pontos. O Ministério da Saúde recomenda que seja aplicado 0,1 ml, mas quantidade da dose é 0,5 ml. A pasta disse que a eficácia é a mesma, porém é válida apenas por oito anos, enquanto a quantia total deixa o vacinado inume por dez anos. Por isso, a orientação é que quem tomar a quantidade menor deve receber um reforço, posteriormente. 

A estratégia de fracionamento da vacina é recomenda pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quando há aumento de epizootiais (macacos mortos) e casos de febre amarela silvestre de forma intensa. Os primeiros sinais da doença são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náusea e vômitos. Quando ela está em estágio avançado, afeta os rins e fígado, além de provocar icterícia (olhos e peles amarelados), sangramento e queda de presão arterial. 

Para controlar a mal-estar, não existe medicamento específico. Analgésicos podem ser utilizados para amenizar a dor, e soro para manter a hidratação. Na área rural, quem é responsável pela transmissão são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Na capital, o Aedes aegypti (o mesmo da dengue, da zika e chicungunha) é o vetor. 

Só em fevereiro

As clínicas particulares que operam em Goiânia só receberão vacinas contra a febre amarela no final de fevereiro. A previsão é de que, caso o carnaval não atrapalhe, novas doses sejam recebidas no final de fevereiro. A justificativa da Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (ABCVAC) é de que as vacinas são produzidas fora do país e, por isso, há demora no abastecimento. 

De acordo com a entidade, o número de vacinas não será suficiente para resolver o problema de desabastecimento, mas será uma quantidade expressiva que irá ajudar na imunização. “Essas vacinas serão distribuídas de forma a atender todos os estados”, afirma. Conforme a associação, não há estoque em praticamente nenhuma clínica do país. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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