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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Ajuda

Banco de sangue está com 10% da capacidade

Hemocentro está com déficit na quantidade de bolsas. Diretor afirma que doador se afasta dos locais de doação em determinados períodos do ano

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 27 de janeiro de 2018
Banco de sangue está com 10% da capacidade
Hemocentro está com déficit na quantidade de bolsas. Diretor afirma que doador se afasta dos locais de doação em determinados períodos do ano

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Marcus Vinícius Beck*

O diretor administrativo do Hemocentro Estadual de Goiás, Arione de Paula, disse ontem que o banco de sangue da unidade está com apenas 10% de sua capacidade. Em declaração ao jornal O Hoje, ele afirmou que o déficit sempre aumenta neste período do ano por conta da ausência do doador. No momento, o hemocentro conta com 100 bolsas em estoque, mas sua capacidade é de que 1,8 mil. “Em janeiro, o índice de acidentes é alto, porém o problema é que o doador se afasta do hemocentro nos últimos meses do ano”, diz. 

Em média, os hemocentros de Goiânia atendem por mês mais de 2 mil candidatos à doação de sangue. O Hoje mostrou em novembro do ano passado que a Capital recebe 120 candidatos para a doação, e a média diária de 90 bolsas coletadas. Mas para doar sangue é preciso passar por uma entrevista com Assistente Social para evitar possíveis contaminações. No ano passado foram registrados 24.650 candidatos à doação de sangue e 18.348 bolsas coletadas. 

A doação de sangue, de acordo com Arione, é fundamental para que outras vidas sejam preservadas. “É preciso que as pessoas tenham em mente a importância de se doar sangue”, afirma. Os requisitos para se tornar um doador é ter boas condições de saúde, ter peso mínimo de 50 kg, ter dormido pelo menos 6 horas no dia que antecedeu a doação e evitar alimentações gordurosas. Quem tem Malária ou Sífilis, e é usuário de drogas não pode ser doador. 

Coordenadora da Coleta de Sangue do Hemocentro Estadual de Goiás, a enfermeira Jaciane Soares de Sá explicou que o governo por meio dos veículos de comunicação procura conscientizar a população acerca da importância de se tornar um doador. De acordo com ela, o importante é assegurar o abastecimento do hemocentro. “O sangue será utilizado em transfusões de pacientes vítimas de acidentes de trânsito, pacientes com leucemias, portadores de hemolifia e coagulopatias e outros casos”, afirma. 

Nacional

Mesmo diante da importância de se doar sangue, apenas 2% da população mundial já encarou uma agulha alguma vez na vida. Para efeito de comparação, o número de doadores regulares aumentou no país nos últimos anos, mas ainda está aquém do ideal. Segundo o Portal Brasil, a taxa de doação para cada mil habitantes no Brasil foi de 18,49%. Entre 2013 e 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou aumento de 4,5% nas coletas de bolsas de sangue, passando de 3,5 milhões para 3,7 milhões. 

Mas o preconceito também impede que algumas pessoas possam se tornar doadores. Em outubro, a Anvisa e o Ministério da Saúde proibiram que o público LGBT doasse sangue caso tivessem alguma relação sexual nos últimos doze meses. Na ocasião, o ministro Ricardo Barros afirmou que eles podem pôr em risco a saúde pública. Por conta das críticas, o ministro disse que estudava a possibilidade de levar o assunto à OMS. (Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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