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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Previdência

Ministro da Secretaria de Governo afirma que não há plano B para a reforma

Carlos Marun explicou que a segurança do governo quanto a reforma vem das articulações políticas e da mudança de percepção da sociedade. Leitura do relatório está prevista para semana que vem

Postado em 29 de janeiro de 2018 por Victor Pimenta
Ministro da Secretaria de Governo afirma que não há plano B para a reforma
Carlos Marun explicou que a segurança do governo quanto a reforma vem das articulações políticas e da mudança de percepção da sociedade. Leitura do relatório está prevista para semana que vem

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse hoje
(29) que o governo federal não tem plano B sobre a reforma da Previdência. Ele
afirmou que o governo está confiante de que até fevereiro alcançará o mínimo de
308 votos necessários entre os 513 deputados para aprovar no Congresso Nacional
a emenda constitucional que altera as regras de acesso à aposentadoria.

“Não existe B. Nosso plano é o plano “A”, de aprovação da
reforma ainda em fevereiro. (….) A estratégia do governo é que no dia da
votação teremos os votos necessários para aprovação. Não trabalhamos com essa hipótese
[de não ter os votos], enfatizou Marun.

Depois de se reunir nesta segunda-feira com representantes de
várias federações da indústria, instituições financeiras, de saúde, entre outros,
Marun relatou que o setor empresarial reforçou o apoio à “modernização da
Previdência”. O encontro, segundo o ministro, é uma das ações preparatórias
para a chegada dos parlamentares ao longo da semana para iniciar a discussão da
proposta em plenário no próximo dia 5 de fevereiro.

Questionado sobre o que dá tanta segurança ao governo, Marun
respondeu que a confiança vem das articulações políticas e da mudança de
percepção da sociedade sobre a reforma. Para o ministro, as críticas à proposta
estão localizadas principalmente em editorias de política dos jornais e em
grupos que são privilegiados no sistema previdenciário atual. Ele destacou que
o setor econômico já manifestou a importância das mudanças empreendidas pelo
governo.

Marun afirmou ainda que a base aliada do governo na Câmara
“voltou ao patamar de votos” de maio do ano passado, antes da chegada das duas
denúncias de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa
contra o presidente Michel Temer no Congresso Nacional. O governo trabalha com
uma margem de apoio de cerca de 270 parlamentares e tenta convencer pelo menos
50 deputados.

“O que temos hoje de diferente? Primeiro, uma proximidade
maior das eleições, que a princípio poderia atrapalhar, mas temos um fator
positivo que é o fato de que a população, muito mais do que naquele momento, se
predispõe a apoiar a reforma. Eu diria que, desde maio, não vivemos um momento
tão positivo como hoje estamos vivendo para aprovação dessa reforma”, disse.

Marun considerou que o presidente Michel Temer se saiu muito
bem na defesa da reforma durante as recentes entrevistas concedidas para
emissoras de televisão e rádio. O ministro sinalizou que iniciativas desta
natureza poderão prosseguir ao longo dos próximos dias como forma de buscar apoio
popular para a reforma.

A leitura do relatório da reforma no plenário da Câmara e o
início das discussões em torno da proposta estão previstas para semana que vem.
A votação da reforma está marcada para depois do Carnaval, no dia 19 de
fevereiro.

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Midiamax)

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