Puigdemont diz que foi “sacrificado” e admite derrota em mensagens a deputado
O ex-presidente da região da Catalunha e deputado autônomo Toni Comín permanecem em Bruxelas para fugir da ação da Justiça espanhola. Eles são investigados por rebelião e insurreição
O ex-presidente da região da Catalunha, Carles Puigdemont,
reconheceu que o processo independentista terminou e que seus correligionários
lhe “sacrificaram” como candidato após o “triunfo” dos
planos do governo central da Espanha.
A rede de televisão espanhola Telecinco divulgou várias
mensagens de celular de Puigdemont ao deputado autônomo e ex-conselheiro do seu
gabinete, Toni Comín, captadas por uma de suas câmeras em Bruxelas.
Puigdemont e Comín permanecem em Bruxelas para fugir da ação
da Justiça espanhola. Eles são investigados por rebelião e insurreição ao
alimentar o processo separatista.
A rede de televisão afirmou hoje que Puigdemont enviou ontem
essas mensagens a Comín, pouco depois de tomar conhecimento do adiamento do
debate de posse no Parlamento regional.
O ex-presidente, que era candidato à reeleição, pretendia ser
empossado a distância, opção que tinha sido refutada pelo Tribunal
Constitucional. O presidente do Parlamento, Roger Torrent, anunciou o adiamento
do debate até a solução dos diferentes recursos judiciais a essa medida.
“Voltamos a viver os últimos dias da Catalunha
republicana”, diz Puigdemont. “O plano de Moncloa [governo espanhol]
triunfa, só espero que seja verdade e que graças a isso possam sair todos da
prisão porque senão o ridículo é histórico”, escreve. Puigdemont diz a Comín que “isso terminou” e que os
seus companheiros o “sacrificaram”.
“Suponho que você tenha claro que isso terminou. Os
nossos nos sacrificaram, pelo menos a mim. Vocês serão conselheiros (espero e
desejo), mas eu já estou sacrificado”, concluiu.
Fonte: Agência Brasil e Agência EFE. (Foto: Reprodução/ACN)