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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Propina

Fiscais cobravam R$ 6 mil de propina

Ação apura fraudes em fiscalizações de postos de combustíveis. Fiscais do Inmetro são acusados de receber propina para omitir adulteração na venda de combustível

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 7 de fevereiro de 2018
Fiscais cobravam R$ 6 mil de propina
Ação apura fraudes em fiscalizações de postos de combustíveis. Fiscais do Inmetro são acusados de receber propina para omitir adulteração na venda de combustível

Gabriel Araújo*


As polícias Federal e Civil realizaram, na manhã desta terça-feira (06), ação para combater crimes de corrupção no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) de Goiás. Segundo a PF, as investigações apontaram que os fiscais, ao encontrar irregularidades, cobravam de R$ 200 a R$ 6 mil para omitir as informações dos órgãos responsáveis.

Para a Operação foram expedidos 17 mandados de prisão, quatro de responsabilidade da Justiça Federal e 13 da Justiça Estadual. Foram alvos de investigações fiscais do instituto, donos de postos e mecânicos de bombas de combustíveis.

De acordo com a Polícia Federal, os profissionais responsáveis pela fiscalização de postos recebiam propina para omitir a adulteração nas bombas de combustíveis, o que levava clientes a pagar mais do que realmente estava sendo consumido.

A operação, denominada Fiel da Balança, ocorreu nas cidades de Inhumas, Caturaí, Pires do Rio, Caldas Novas e Aparecida de Goiânia, além da Capital e contou com cerca de 60 policiais da Polícia Federal e Civil. Os presos da operação foram levados para a Superintendência da Polícia Federal em Goiás, no Setor Belo Vista, em Goiânia.


Inmetro

O Inmetro respondeu, em nota, que os funcionários citados pela investigação serão afastados de seus cargos. O órgão ainda afirmou, “o Inmetro está sempre em consonância com o trabalho da Polícia Federal, respeita as decisões da Justiça e fiscaliza fora e dentro da instituição”.

Ainda segundo a PF, os investigados eram responsáveis pela realização de testes de volumetria nos bicos das bombas de combustível dos postos para evitar adulterações e consequentes prejuízos aos consumidores. No entanto, a investigação constatou que, além de receber propina para fazer vista grossa na fiscalização, os servidores realizavam inspeções em outros estabelecimentos a mando de donos de postos, para dificultar a concorrência.


Desdobramentos

De acordo com a Polícia Federal, a ação realizada nesta terça-feira (06) é um desdobramento da operação Pesos & Medidas. Realizada em outubro do ano passado, a ação conjunta da PF com o Ministério Público de Federal (MPF) cumpriu dez mandados de prisão nas cidades de Goiânia, Anápolis, Luziânia e Brasília.

As investigações, que começaram de 2015, apuraram que fiscais do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) de Goiás, recebiam propina de empresários durante a fiscalização em postos de combustíveis no estado. 

De acordo com o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), com a fiscalização irregular, os postos vendiam combustíveis em uma quantidade menor que a paga pelo consumidor.

Dos dez mandados cumpridos, sete são de prisão preventiva de profissionais da fiscalização do Inmetro, e três são de prisão temporária, de empresários donos de postos de combustíveis. A Polícia Federal ainda fez buscas na sede do Inmetro, colhendo material para contribuir com as investigações. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)

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