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sábado, 31 de agosto de 2024
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Para chefe militar, exército israelense se prepara para uma guerra em 2018

Na manhã de 10 de fevereiro, um drone, segundo Israel de origem iraniana, entrou no espaço aéreo israelense e foi derrubado por um helicóptero da Força Aérea poucos minutos depois

Postado em 19 de fevereiro de 2018 por Márcio Souza
Para chefe militar
Na manhã de 10 de fevereiro

Um general do Exército israelense advertiu nesta segunda-feira (19) que as possibilidades de guerra no norte do país são altas, dadas as vitórias do presidente sírio, Bashar al Assad, e seus aliados Irã e a milícia xiita Hezbollah, na guerra civil do país vizinho. A informação é da Efe.

“O ano de 2018 tem o potencial de provocar uma escalada (militar), não necessariamente porque alguma das partes deseja iniciá-la, senão por uma deterioração gradual [das relações]. Isto é o que nos levou a aumentar o nosso nível de preparação”, disse hoje o general Nitzan Alon, chefe de Operações do Exército em uma nada habitual entrevista à Rádio do Exército de Israel.

Segundo Alon, Assad está a ponto de apagar os últimos focos das zonas rebeldes no sudoeste do país, ao longo das fronteiras jordaniana e israelense, o que “facilitaria aos aliados do regime sírio concentrar-se em Israel”.

“Não estamos permitindo que este tipo de coisas ocorram sem a nossa intervenção. Estamos atuando e continuaremos a atuar”, afirmou o general, aparentemente referindo-se aos ataques israelenses na Síria contra alvos iranianos e do Hezbollah na passada semana.

Contra-ataques

Na manhã de 10 de fevereiro, um drone, segundo Israel de origem iraniana, entrou no espaço aéreo israelense e foi derrubado por um helicóptero da Força Aérea poucos minutos depois. Como resposta, caças israelenses efetuaram uma série de bombardeios de posições militares iranianas na Síria, incluindo a base móvel desde onde era pilotado o drone.

Durante os bombardeios, um dos caças F-16 israelenses caiu ou foi derrubado (o Exército ainda investiga o fato) e o piloto e o copiloto – que saltaram do aparelho antes de cair – ficaram feridos.

Isto provocou uma nova rodada de ataques, após a qual o Exército israelense assegurou ter deixado graves danos na defesa aérea sírias, destruindo entre um terço e metade dos seus sistemas.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mostrou ontem (18) um pedaço do drone iraniano durante seu discurso na Conferência de Segurança de Munique, acusando o Irã e pedindo ao mundo que reconheça e reaja perante esta agressão.

“Reconhece?”, perguntou Netanyahu ao representante iraniano, MohamMad Yavad Zarif, ministro de Relações Exteriores iraniano, presente na conferência. “Deveria, porque é seu”, continuou.

Para o general Nitzan Alon, se houvesse uma guerra seria provável que o Irã encorajasse seus aliados a lutar contra Israel desde o Líbano, a Síria e, potencialmente, também desde a Faixa de Gaza.

Membros do Exército israelense advertem, há anos, que um possível conflito com o Hezbollah seria devastador tanto para Israel como para o Líbano. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: REUTERS/Amir Cohen 

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