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domingo, 24 de novembro de 2024
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Mudanças

Trump discute legislação de armas com lideranças do Congresso

A reunião acontece 15 dias depois do massacre na escola de ensino médio Stoneman Douglas, em Parkland, Flórida, que deixou 17 mortes

Postado em 28 de fevereiro de 2018 por Kamilla Lemes
Trump discute legislação de armas com lideranças do Congresso
A reunião acontece 15 dias depois do massacre na escola de ensino médio Stoneman Douglas

O presidente Donald Trump deve se reunir na tarde de hoje (28) com parlamentares na Casa Branca para discutir mudanças nas leis sobre armas no país. A reunião acontece 15 dias depois do massacre na escola de ensino médio Stoneman Douglas, em Parkland, Flórida, que deixou 17 mortes, devido ao tiroteio do ex-aluno da escola Nikolas Cruz, de 19 anos.

Na terça-feira (27), uma pré-proposta que pedia restrições para a venda de armas potentes, como a AR-15 usada pelo adolescente foi rejeitada pela liderança republicana. O próprio líder da maioria, na Câmara de representantes Paul Ryan disse que os republicanos irão focar nas falhas da aplicação das leis e não em impor um controle de armas mais rigoroso.

Após o massacre na escola da Flórida uma onda de protestos levou milhares de pessoas às ruas, em vários estados. A pressão por mudanças aumentou e Donald Trump apresentou algumas sugestões, entre elas o controle de vendas de armas mais pesadas. Ele sugeriu que a idade legal para comprar armas semiautomáticas mude de 18 para 21 anos.

Trump também apresentou algumas ideias polêmicas, como treinar e equipar professores para trabalharem com armas dentro das salas de aula. E chegou a sugerir que alunos também recebessem treinamento de armas.

Mobilização

Além de pais, alunos e estudantes e entidades que lutam por maior controle de armas, algumas campanhas nacionais aumentaram a pressão sobre Trump para que algum tipo de mudança seja votada.

Uma das iniciativas veio de empresas que decidiram boicotar a NRA – National Rifle Association, e retirar financiamentos da associação, que exerce um poderoso lobby no Congresso americano contra mudanças.

Companhias como a Delta Air Lines, United Airlines, Hotéis Best Western, Hertz, e Avis anunciaram o fim das parcerias com a NRA a partir deste ano.  Grandes empresas de serviços parceiras da NRA ofereciam descontos para membros da associação, que pagam anuidades.

As empresas que abandonaram os acordos com a NRA aderiram a hashtag no Twitter #BoycottNRA, que começou a ser usada em outras redes sociais por ativistas.

Negligência

O caso de Nikolas Cruz, que está sob custódia policial e afirmou estar arrependido, repercute na mídia pelas denúncias de que o comportamento do rapaz já havia sido denunciado por diversas vezes às autoridades.

A rede de tv americana CNN revelou que a polícia local recebeu ao menos 45 chamadas relacionadas ao atirador e ao irmão dele entre 2008 e 2017. A polícia negou as acusações e diz ter recebido menos que 23 chamadas sobre o rapaz, mesmo assim testemunhas que chamaram a polícia para denunciar o jovem nos anos anteriores ao ataque acusam a polícia de negligência.

Em uma entrevista à rede CNN, Scott Israel, o xerife responsável pelo Condado de Broward, disse que os dados eram inconsistentes.  Mas há informações em documentos de que o atirador mostrava sinais de violência e instabilidade mental em casa.

A reportagem da CNN mostrou que pelo menos 19 chamadas da residência de Nikolas Cruz foram feitas por incidentes relacionados ao garoto, denúncias de desaparecimento, violência – como “bater na mãe”, foram encontrados nos registros, alguns com Cruz ainda criança, aos nove anos de idade.

Em 2016 um vizinho avisou à polícia sobre uma postagem do Instagram em que Cruz disse que “planejava disparar na escola”. 

Informações Agência Brasil. (Foto: Reprodução)

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