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sábado, 23 de novembro de 2024
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Gravidez de risco

Gestante pode ter morrido por conta da demora em fazer o parto

Bebê sobreviveu. Médica disse em entrevista que a complicação no útero não teria sido evitada se o parto tivesse ocorrido antes

Postado em 14 de março de 2018 por Katrine Fernandes
Gestante pode ter morrido por conta da demora em fazer o parto
Bebê sobreviveu. Médica disse em entrevista que a complicação no útero não teria sido evitada se o parto tivesse ocorrido antes

A família de Maria Aparecida de Moraes, de 37 anos, denuncia
que ela morreu por causa da demora no parto no Hospital Materno Infantil (HMI),
em Goiânia. Segundo os parentes, ela tinha uma gravidez de risco e esperou dois
dias pelo procedimento. A bebê nasceu com 3kg e sobreviveu.

Uma médica da unidade de saúde, que não quis se identificar,
disse que a complicação no útero não teria sido evitada se o parto tivesse
ocorrido antes. Ela afirmou ainda que a equipe seguiu o protocolo já que o caso
dela não era grave.

Moradora de Heitoraí, Maria Aparecida fazia o pré-natal em
Itaberaí, que fica a 30 km de distância. De acordo com os parentes, ela foi
diagnosticada com placenta prévia, o que impede a realização de um parto
normal.

Os familiares afirmaram que, devido à gravidez de risco e a
sangramentos, o médico que a acompanhava a encaminhou para o hospital da
capital, onde ela deu entrada na tarde de sábado (10). Os parentes relataram
que, antes do parto, Maria Aparecida passou por ultrassonografias e exames que
apontaram que tanto ela quanto o bebê estavam bem.

A paciente entrou no fim da manhã de terça-feira (14) na
sala de parto. Quatro horas depois, de acordo com a irmã Cristiane Moraes,
funcionários do HMI pediram que assinasse um termo autorizando a retirada do
útero da paciente para conter uma hemorragia.

“Falaram que ela estava bem e ia ter de fazer uma retirada
de útero porque deu uma complicação, mas ela está bem”, disse Cristiane.

Logo depois, Maria Aparecida morreu. A filha dela segue
internada no HMI em observação.

Os parentes estão abalados com a morte dela. Maria Antônia
era casada, deixa o marido e três filhas. “Ela cuida do meu pai, ela era tudo.
A gente está aqui sofrendo, sem saber o que fazer, as minhas sobrinhas vão
ficar sem mãe”, lamentou a irmã Leonara Rosa de Moraes.

Fonte:G1 Goiás

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