Fábrica de armas mais antiga dos Estados Unidos abre falência
Decisão acontece em meio à queda nas vendas que a centenária companhia – que fabrica vários tipos de pistolas, rifles, fuzis e escopetas desde a sua fundação – sofreu
A Remington Arms Co., fábrica de armas mais antiga dos
Estados Unidos, fundada em 1816, solicitou proteção federal por falência,
segundo documentos apresentados em um tribunal do estado de Delaware ontem e
que foram divulgados nesta segunda-feira (26) por veÃculos de imprensa locais.
A medida adotada pela Remington Arms Co. e sua empresa
matriz, Remington Outdoors, acontece em meio à queda nas vendas que a
centenária companhia – que fabrica vários tipos de pistolas, rifles, fuzis e
escopetas desde a sua fundação – sofreu.
A empresa é agora propriedade majoritária da Cerberus Capital
Management, um grupo de capital privado que pretende vender os ativos da
fabricante de armas tão logo que o processo de falência seja concluÃdo,
informou o jornal “USA Today”.
A Remington continuará operando sob a proteção do capÃtulo 11
do código de falência dos EUA, uma ação que permite que as companhias com
problemas financeiros criem um plano de reestruturação para se manter em
funcionamento e pagar seus credores.
O diretor financeiro da Remington, Stephen Jackson, garantiu
na última apresentação de resultados que a companhia sofreu uma diminuição
“significativa” nas receitas e vendas nos últimos 12 meses, segundo o
“USA Today”.
Este movimento de falência ocorre pouco depois que um milhão
de pessoas, majoritariamente estudantes, saÃram à s ruas de 800 cidades dos EUA
no sábado para reivindicar maior controle de acesso às armas, que ajudaria a
reduzir a violência armada em geral e nos centros educativos do paÃs.
O último massacre nos EUA ocorreu em 14 de fevereiro em uma
escola de Parkland (Flórida), quando um jovem de 19 anos, Nikolas Cruz,
protagonizou um ataque na sua antiga escola com um fuzil de assalto AR-15, e
matou 14 alunos e três professores.
Fonte: Agência Brasil e Agência EFE. (Foto: Reprodução/Daniel Acker/Bloomberg)