ONU quer maior cooperação entre Brasil e Angola na merenda
Mais de 26 milhões de crianças africanas se beneficiam de merenda escolar, e destes 10 milhões recebem alimentos diariamente
O Programa Mundial de Alimentação (PMA) das Nações Unidas
anunciou nesta segunda-feira (26) que pretende promover uma maior colaboração entre o Brasil e
Angola na área da segurança alimentar e merenda escolar. A informação foi dada
à ONU News, em Nova Iorque, pela diretora do PMA para África Austral e Oceano
Índico, Lola Castro, que anunciou uma viagem ao Brasil, onde deve discutir uma
iniciativa que envolve agricultura familiar e alimentação nas escolas.
“Angola também quer trabalhar na merenda escolar. Estamos a
trabalhar para ir ao Brasil para ver aquele projeto da Fome Zero e também a
merenda escolar brasileira, que está ligada aos pequenos camponeses que
produzem e vendem para as escolas. Com isso, as crianças vão ter uma
alimentação diversificada. A ação também apoia o camponês e aumenta a renda e a
segurança alimentar na família”, disse Lola Castro.
Segundo o Ministério da Educação de Angola, o país aprovou a
iniciativa para promover programas da alimentação nas escolas em 2013. Os
programas são ligados à produção local. Com o projeto pretende-se também garantir uma educação de qualidade, combater
a taxa de reprovação nas escolas, aumentar a retenção e ajudar as crianças em
idade escolar a cumprir as metas com uma melhor nutrição.
Lola Castro disse que a experiência do PMA envolvendo o
Brasil também deu bons resultados na região africana.
Experiência
“Estamos a falar de Angola, mas vou falar também de uma boa
experiência em Moçambique. Temos estado a trabalhar com o governo moçambicano e
outros doadores para verdadeiramente aumentarmos a merenda escolar”.
De acordo com o PMA, um estudo de sustentabilidade da
alimentação escolar na União Africana contou com o apoio do Brasil. Em todo o
continente, pelo menos 40 países implementam a iniciativa.
Mais de 26 milhões de crianças africanas se beneficiam de
merenda escolar, e destes 10 milhões recebem alimentos diariamente.
Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Internet)