Um homem, de 24 anos é suspeito de ter estuprado as duas
filhas gêmeas, de 4 anos, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da
capital. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. A
denúncia foi feita pela mãe das crianças, que preferiu não se identificar, ela diz
ter notado uma situação estranha ao chegar em casa do trabalho.

A auxiliar de cozinha
afirmou em depoimento que deixou as crianças sob os cuidados do pai e que quando
voltou, no último dia 18, encontrou o companheiro nu, deitado na banheira utilizada
para dar banho nas meninas.

“Eu perguntei se ele tinha bebido, mas ele negou. Depois ele
veio falar que as duas estavam com o bumbum machucado. Perguntei e ele disse
que não sabia o que tinha ocorrido”, contou.

No dia seguinte, a mulher levou as crianças ao hospital.
Segundo ela, quando uma enfermeira questionou à criança o que havia ocorrido, é
que recaíram as suspeitas sobre o marido, o que a fez procurar a delegacia.

“Ela perguntou quem machucou a neném. Então minha filha
falou que foi o papai e começou a chorar”, lembra.

Desde então, o homem saiu de casa e não foi mais localizado.
A polícia tenta encontrá-lo para colher seu depoimento.

A delegada Caroline Braga, responsável pelo caso, disse que
aguarda o resultado de amostras biológicas coletado nas crianças para constatar
se há ou não presença de não material genético do suspeito, que está
desaparecido.

O caso tramita na Delegacia de Proteção à Criança e
Adolescente (DPCA). A delegada disse que ouviu nesta segunda-feira (26) a mãe e
as duas crianças, mas que os depoimentos das meninas foram inconclusivos. Por
isso, solicitou novas diligências.

“O depoimento das crianças, até pela tenra idade, foi
comprometido. Por causa disso, estou aguardando o laudo para confirmar se há
material genético do pai nas meninas e também solicitei avaliação psicológica
das mesmas”, disse.

Carolina afirmou que exames de corpo de delito feitos no dia
seguinte aos supostos abusos confirmaram que as duas crianças tinham lesões na
região íntima. Porém, ainda não é possível afirmar se elas são provenientes de
violência sexual.

Na residência havia ainda um terceiro filho do casal, um
menino de 3 anos. Porém, não há suspeita de que tenha sido violentado. Desde
então, a mulher se mudou com os filhos para a casa da mãe. O Conselho Tutelar
acompanha o caso.