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sábado, 28 de dezembro de 2024
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Goiás

Grupo do Facebook pode ter incentivado suicídios de adolescentes

Cinco casos foram registrados no estado somente em fevereiro. Segundo investigações administradores da página também são menores de idade

Postado em 3 de abril de 2018 por Katrine Fernandes
Grupo do Facebook pode ter incentivado suicídios de adolescentes
Cinco casos foram registrados no estado somente em fevereiro. Segundo investigações administradores da página também são menores de idade

Um grupo de Facebook denominado The H4ters pode ter relação
direta com os casos de cinco adolescentes que tiraram a própria vida em Goiás. A
plataforma online, que em inglês, significa Os Odiadores é investigada pela
Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos, que apura a possibilidade de
membros terem feito apologia e/ou de algum modo incentivado a iniciativa.

De acordo com a delegada Sabrina Leles, as mortes de Higor
Pires Moreira (15) e Gabriel Carrijo Cunha Câmara (13), que ocorreram em 21 de
fevereiro, deram início ao inquérito. Ela afirma ainda que as investigações
ocorrem em sigilo.

“Após o início das investigações já houve outros três casos,
um em Montividiu e dois em Rio Verde, que podem ter acontecido por influência
do grupo de Facebook. Ao todo são cinco casos que a gente relaciona como
provavelmente influenciadas pelo grupo da internet”.

Relação

O depoimento de um primo de Higor, teria sido
o que fez a investigação chegar até o grupo da rede social. Mikaio Alves Jorge
(18), disse à polícia que ele mesmo já teria realizado duas tentativas de
suicídio por influência do grupo, do qual o primo também fazia parte. Segundo Mikaio a finalidade do grupo era estimular e
desafiar seus integrantes a tirarem a própria vida.

De acordo com informações da polícia, quatro dos administradores
do grupo, também são menores, e são conhecidos por apelidos que usam na rede: Akbar.
O termo em comum nas apresentações, pode ser uma referência à frase
árabe Allahu Akbar, Deus é grande, que é comumente relacionada a ataques de
extremistas religiosos.

Segundo o depoimento de Mikaio, os administradores usam o termo como um “sobrenome”,
e põe a informação na descrição da página, numa tentativa de apresentar os
participantes como membros de uma mesma “família”.

“Adicione os ativos
do grupo, seu alcance faça novas amizades, aqui somos a sua família então nada
mais importante do que adicionar os irmãos (sic)”, diz a descrição.

 Com informações do Portal Mais Goiás

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