Trump diz que Forças Armadas vigiarão fronteira com o México
O presidente dos Estados Unidos quer ainda que o Pentágono ajude a financiar a construção do muro com o México
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta
terça-feira (3) que planeja que os militares americanos se encarreguem de
vigiar e manter segura a fronteira com o México até que se construa um muro
nesse limite, e garantiu que a “caravana” de migrantes centro-americanos
que dirigia-se ao seu país está se dissolvendo.
“Até que possamos ter um muro e segurança adequada,
vamos estar monitorando a nossa fronteira com as nossas Forças Armadas. Esse é
um grande passo”, disse Trump aos jornalistas durante um almoço com os
líderes dos países bálticos na Casa Branca.
Trump não deu mais detalhes sobre esse plano, e não está
claro que corpo das Forças Armadas se encarregaria de proteger a fronteira sul,
que atualmente está vigiada por agentes migratórios treinados especificamente
para isso.
Tanto os ex-presidentes George W. Bush (2001-2009) como
Barack Obama (2009-2017) recorreram a soldados da Guarda Nacional, um corpo de
reserva das Forças Armadas, para vigiar a fronteira em distintas operações
pontuais, mas essa medida recebeu críticas então por seu elevado custo.
Militarização
O secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, estava presente
na reunião da Casa Branca quando Trump falou das suas intenções de militarizar
a fronteira. Trump quer ainda que o Pentágono ajude a financiar a construção do
muro com o México, e na semana passada falou com Mattis sobre esse tema,
segundo o Departamento de Defesa.
O presidente americano parece descontente com os fundos que
obteve para um dos seus principais projetos no orçamento federal, que inclui
US$ 1,6 bilhão para a construção de uma barreira fronteiriça, mas com condições
muito restritivas e longe de somar os US$ 25 bilhões que tinha pedido ao
Congresso.
Para beneficiar-se dos extensos fundos do Pentágono, no
entanto, seria preciso “reprogramar” o financiamento concedido ao
Departamento de Defesa para o ano fiscal de 2018, e isso requer uma ação do
Congresso, onde é difícil que Trump obtenha os 60 votos necessários para tal.
Fonte: Agência Brasil e Agência EFE. (Foto: Reprodução/Reuters/Kevin Lamarque)