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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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Pesquisa

Indústria farmacêutica testa 40 novos fármacos contra cânceres

No total, 250 paciente se ofereceram para participar dos estudos clínicos, que ocorrem em quatro fases. Pesquisa busca estabelecer uma relação de risco/benefício favorável para a indicação terapêutica

Postado em 6 de abril de 2018 por Victor Pimenta
Indústria farmacêutica testa 40 novos fármacos contra cânceres
No total

O Instituto de Ensino e Pesquisa IEP Hemomed está realizando pesquisas
em parceria com a indústria farmacêutica com teste de 40 novos fármacos contra
vários tipos de cânceres em 250 pacientes. A pesquisa clínica inclui pacientes
com doenças oncológicas que voluntariamente se ofereceram para participar dos
estudos clínicos dos novos fármacos. São pacientes com cânceres que acometem
órgãos sólidos como mama, próstata, pulmão e intestino e cânceres relacionados
ao sangue como leucemias, linfomas e mielomas.

Os fármacos desenvolvidos pela indústria farmacêutica são
inicialmente testados em estudos não-clínicos em laboratórios de
experimentação, onde se avaliam vários aspectos da molécula em sua ação sobre
as células tumorais, tais como o potencial de toxicidade, carcinogenicidade,
teratogenicidade e mutagenicidade. Após esta etapa, são realizados estudos em
seres humanos, os ensaios clínicos.

Os estudos clínicos ocorrem em quatro fases. Em cada fase, o
medicamento é testado em número crescente de seres humanos, sendo que cada
etapa possui uma metodologia diferenciada e finalidades específicas. A pesquisa
busca estabelecer, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma relação de
risco/benefício favorável para a indicação terapêutica proposta, evidenciando
estatisticamente se os benefícios a serem alcançados são maiores ou menores que
os malefícios.

A pesquisa clínica segue rigorosos protocolos e a equipe de
condução dos estudos é composta por médicos investigadores, coordenadores de
estudos clínicos, enfermeiros e farmacêuticos especializados em pesquisa.

Segundo a coordenadora técnica do IEP Hemomed, Mariana
Rodrigues, a pesquisa clínica objetiva a sobrevida e a melhoria da qualidade de
vida do paciente. “A indústria tem apresentado fármacos com novas formas de
administração como orais e subcutâneos, o que propicia mais conforto e maior qualidade
de vida ao paciente”, observa.

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