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domingo, 1 de setembro de 2024
Animais de estimação

Saiba como transportar seu animal com segurança

Levar pets de forma inapropriada nos veículos pode render multa ou custar a vida do bichinho

Postado em 12 de abril de 2018 por Sheyla Sousa
Saiba como transportar seu animal com segurança
Levar pets de forma inapropriada nos veículos pode render multa ou custar a vida do bichinho

GABRIELLA STARNECK*

É comum de se ver, no dia a dia do trânsito, motoristas transportando animais de estimação no colo ou soltos no carro. Contudo, para os desavisados, essas atitudes podem ter um alto preço: render multa ou custar a vida do pet, já que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a condução de animais de forma inadequada é considerada infração grave. 

Além das questões legislativa e financeira, a preocupação máxima de quem ama o animal deve ser a segurança dele, do próprio condutor e de todos envolvidos no trânsito. “O animal de estimação solto dentro do carro traz perigo tanto para o dono quanto para o pet – já que qualquer parada mais brusca ou até mesmo uma batida pode gerar acidentes mais graves (por causa da projeção do animal)”, afirma a veterináriaMaria Paula Gomes, da Via Pet. 

Consequências 

A multa para o motorista que transporta o animal sem a devida proteção soma cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e o condutor ainda precisa arcar com o valor da multa, podendo ter o veículo retido até que a situação seja regularizada. “Eu acho que, a partir do momento que se tem uma multa, as pessoas ficam mais conscientes, porque ‘prova’ que, de fato, é algo errado”, afirma a veterinária. Embora possa ser tentador deixar o bichinho passear livre pelo carro, divertindo-se ao explorar todas as janelas, é necessário  consciente.

Segundo Maria Paula,  “o maior risco é no caso de uma freada brusca ou batida. Se isso ocorrer, a inércia jogará o animal de um lado para o outro, dentro do carro, podendo causar lesões tanto nele quanto nas pessoas dentro do veículo. Por exemplo, numa colisão a 50 km/h, um cachorro que pesa 10 kg, se projetado para frente, passa a pesar 250 kg”, explica. 

Outro risco que a profissional aponta é o de o motorista distrair-se com o animal. O carinho a eles não tem limites, mas, quando a pessoa está na direção de um veículo, a atenção deve ser total ao trânsito. Segundo a pesquisa da Associação Automobilística Americana, 52% dos condutores entrevistados que levam cães no carro admitem já terem desviado sua atenção da estrada para fazer carinho ou cuidar do cachorro; 19% também tiveram de tirar as mãos do volante para impedir o animal de subir no banco da frente.

A veterinária ainda afirma que há uma falta de conscientização em relação a essas precauções: “Eu acho que isso é um problema público; esses cuidados em relação ao transporte dos animais precisa ser mais divulgado”. A profissional também comenta que, como hoje as pessoas criam pets como membros da família, a necessidade de se conscientizar sobre o transporte correto dos animais aumentou.

O que fazer? 

Para maior proteção do animal de estimação, na hora de passear de carro, é imprescindível o cinto de segurança no pet. O objeto é, basicamente, uma coleira peitoral com um adaptador que permite que ela fique presa no encaixe do cinto de segurança. Assim, o animal fica preso no banco, conseguindo se movimentar o suficiente para poder deitar e sentar – como se sentir mais confortável. A veterinária Maria Paula alerta: “Nunca prenda o cinto numa coleira de pescoço, pois pode estrangular o animal. O cinto deve ser preso em coleiras tipo peitoral”.

Transportar os animais em caixas ou cadeirinhas específicas para isso também pode ser uma opção. A veterinária explica que o espaço deve ser grande o suficiente para que o pet possa ficar em pé e se virar dentro da ‘casinha’. Depois é só prende-la com o cinto de segurança, garantindo a proteção. 

Outros cuidados ainda podem ser tomados para que o pet faça um passeio/viagem tranquila. “É bom que se evite alimentar o animal nas últimas três horas, antes da saída, para diminuir os riscos de enjoos e vômitos; procure fazer os passeios em horários mais frescos, pois o animal costuma sentir bastante calor no carro. Se o veículo tiver ar condicionado, deixe o interior do veículo com temperatura mais fresca, pois o pet irá se sentir melhor.

Já para quem planeja viajar com o animal de estimação, é bom seguir as dicas de Maria Paula: “Tenha em mente que serão necessárias paradas para dar água e para fazer as ‘necessidades’. Os locais das paradas devem ser bem escolhidos. Recomenda-se que pare apenas em postos de gasolina e/ou postos rodoviários. Evitar parar no acostamento também é importante, porque o movimento dos carros pode assustar o pet”.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação 

da editora Flávia Popov 

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