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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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Influenza

Campanha de vacinação contra H1N1 começa nesta sexta em Goiânia

Ministério liberou 648 mil doses para serem distribuídas em todos os municípios do Estado. No primeiro momento, a vacinação será somente para trabalhadores da saúde, idosos e pacientes críticos

Postado em 13 de abril de 2018 por Sheyla Sousa
Campanha de vacinação contra H1N1 começa nesta sexta em Goiânia
Ministério liberou 648 mil doses para serem distribuídas em todos os municípios do Estado. No primeiro momento

Marcus Vinícius Beck*

A campanha de vacinação contra o vírus influenza H1N1 tem início hoje em Goiânia. O número de mortes provocados pela doença já subiu para nove no estado de Goiás. Até o momento, o Ministério da Saúde enviou 648 mil doses para recém distribuídas em todos os municípios goianos. Outras doses, de acordo com a pasta, devem chegar nos próximos dias. No primeiro momento, a vacinação será somente para trabalhadores da saúde, idosos e pacientes com doenças crônicas.

O total de vacinas que vai chegar ao estado é de 1,7 milhão. O ministério da Saúde disse que vai informar dados a respeito da campanha da vacinação só na próxima terça-feira (17). Por outro lado, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) disse que Goiás é o primeiro estado a realizar a imunização. “Em março, nós tivemos o surto na Vila São Cottolengo e vários outros casos notificados e confirmados. É uma situação que não acontece no resto do país”, afirma o secretário estadual de saúde, Leonardo Vilela.

Ao todo, foram confirmados casos de H1N1 em 15 cidades do estado de Goiás. As últimas mortes causadas pela doença foram registradas em 2016, quando 90 pessoas morreram por conta dos efeitos provocados pela doença. Além das mortes por H1N1, a Secretaria Estadual de Saúde informou que houve uma morte por H3N2, que é uma outra variação do vírus, e é mais resistente. A pasta ainda investiga outros 26 possíveis casos da doença no Estado.

“Essas doses são suficientes para vacinarmos os grupos prioritários definidos para a imunização do dia 13 de abril até o dia 20 de maio, que são os trabalhadores da saúde, os idosos e pacientes com doenças crônicas. Depois será a vez de crianças, gestantes, mães de resguardo, professores, e população privada de liberdade, além dos indígenas, conforme as datas estabelecidas. São esses que serão atendidos nos postos de saúde definidos por cada um dos municípios”, diz o secretário Leonardo Vilela.

Sintomas

Infectologistas explicam que os sintomas da gripe H1N1 são os mesmos de uma gripe comum, como febre que dura entre 3 e 5 dias, tosse seca, secreção e dores no corpo. A forma mais eficaz de evitar a transmissão do vírus é a higienização das mãos, principalmente com álcool gel. Também é recomendável cobrir a boca e o nariz ao expirrar. Caso a pessoa tenha algum sintoma da doença, ela pode procurar qualquer unidade de saúde e, lá, será dado o encaminhamento adequado a ela, de acordo com a gravidade da doença.

Já quem contraiu a doença uma vez não está imune de tê-la de novo. Especialistas dizem que pessoas que tiveram o vírus H1N1 têm uma resistência maior ao vírus, sendo mais difícil contrair novamente. Mas o vírus da influenza H1N1 sofreu modificações e ele pode ser infectado por outros vírus dentro da influenza. Desta forma, familiares de paciente com o vírus precisam tomar maiores cuidados.

Início

A campanha de vacinação terá o pontapé inicial na cidade de Trindade, onde ocorreu os primeiros casos de contaminação pelo vírus influenza H1N1. “Agimos rápido e sensibilizamos o Ministério da Saúde para que antecipasse o envio das doses para Goiás. Dessa forma as vacinas já estão acessíveis a todos os municípios”, garantiu o governador José Elinton.

“Cada município definiu onde serão suas salas de vacinas. A fila deve ser respeitada, pois os dados mostram que mais de 90% das pessoas que contraíram H1N1 se recuperaram, mas os que foram a óbito foram pessoas mais suscetíveis: idosos, pacientes crônicos e profissionais de saúde, ou seja, o público prioritário para a vacinação”, ratifica o secretário Leonardo Vilela. 

Marcus Vinícius Beck é estagiário do jornal O Hoje, sob orientação do editor de Cidades Rhudy Cristhyan

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