Bispo e padres acusados de desviar dízimo de fiéis são soltos
Eles tiveram os passaportes retidos e terão que comparecer em juízo uma vez por mês. Apenas o juiz eclesiástico Tiago Wenceslau, também acusado de integrar o esquema, segue detido
Após habeas corpus cedido pela Justiça, o bispo Dom José Ronaldo, acusado de liderar um esquema de
desvio de dízimo na Diocese de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, deixou
a prisão. Outros quatro
clérigos e dois empresários também foram soltos. Eles foram
recebidos com festa por parentes e amigos, que entoavam cânticos religiosos na
porta do presídio.
Na saída, Dom José
Ronaldo fez uma benção aos presentes, recebeu abraços de algumas pessoas e em
seguida entrou em um carro de luxo e foi embora. Antes, ele foi abordado por
diversos jornalistas, mas optou por não comentar as acusações.
Além do bispo, foram soltos o monsenhor Epitácio Cardozo
Pereira, vigário-geral da Diocese de Formosa, os padres Moacyr Santana, Mário
Vieira de Brito, Waldson José de Melo, e os empresários Antônio Rubens Ferreira
e Pedro Henrique Costa Augusto, apontados como laranjas do esquema.
Apenas o juiz eclesiástico Tiago Wenceslau, também acusado
de integrar o esquema, segue detido.
A liberação dos acusados ocorreu após análise do habeas
corpus pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás
(TJ-GO). A decisão dos desembargadores foi unânime. Eles tiveram os passaportes
retidos e terão que comparecer em juízo uma vez por mês.
Com informações do G1 Goiás.