Vigilância suspende vacinação contra H1N1 de clínica particular
Vacinas não estavam na temperatura ideal e empresa não tem licença para funcionar fora do prédio. Serviço ocorria em pelo menos dez escolas e condomínios residenciais
Todos os postos de vacinação contra H1N1 mantidos pela
clínica PróVita em Goiânia, foram suspensos por determinação da Vigilância
Sanitária na ultima terça-feira (17). O órgão tomou essa decisão após
identificar que as doses da vacina eram armazenadas de forma inadequada.
A empresa também não tinha autorização para funcionar fora
de seu prédio e segundo investigação da Polícia Civil, o serviço era feito em
pelo menos dez escolas e condomínios residenciais desde 12 de abril. Cada dose
custava R$ 80.
A investigação começou após a moradora de um dos condomínios
desconfiar da documentação apresentada pela empresa e denunciar o caso. As equipes
da Vigilância Sanitária e da Polícia Civil estiveram em uma das escolas e
encontraram doses armazenadas em um freezer de cerveja. O equipamento foi
interditado para que as vacinas sejam analisadas. Além disso, uma caixa térmica
com 62 doses foi apreendida, pois estava fora da temperatura recomendada.
Os locais onde a clínica mantinha os postos de vacinação não
foram divulgados. A quantidade de pessoas imunizadas pela empresa ainda está
sendo levantada. Os responsáveis pela clínica que tem sede em São Bernardo do
Campo (SP) ainda não se pronunciaram sobre o caso.
O diretor da Vigilância Sanitária de Goiânia, Dagoberto
Costa, informou que ainda não é possível dizer se as pessoas estão ou não
imunizadas.
“A vacina tem que ficar entre 2 °C e 8 °C, senão ela
perde seu efeito. Uma caixa apreendida estava em uma temperatura de 11 °C, mas
só uma análise vai dizer se as demais estão em condição de uso” explicou.
Com informações do G1 Goiás