Adiamento de reajuste de servidores reduziria gasto público
Ministro Esteves Colnago argumentou que o gasto com servidores contribui para o montante de cerca de R$128 bilhões de custeio do governo
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Esteves
Colnago, defendeu nesta terça-feira (24) o adiamento do reajuste salarial dos servidores
públicos em 2019. Segundo ele, essa medida possibilitaria uma economia de R$ 5
bilhões, de forma a dar ao próximo governo margem maior para o controle dos gastos.
“Se postergarmos o reajuste, ele abre [espaço] para outras
despesas discricionárias [sobre as quais o governo tem margem de controle]”,
disse o ministro durante a cerimônia de lançamento do Painel de Obras, criado
para monitorar e controlar obras públicas de forma mais transparente.
O ministro argumentou que o gasto com servidores contribui
para o montante de cerca de R$128 bilhões de custeio do governo. “Está sendo um
desafio para o governo. Entre as cartas que podem ser adotadas [para amenizar
esses gastos com custeio] está a postergação do aumento dos servidores, o que
poderia gerar uma economia de R$ 5 bilhões para o próximo [governo]”.
Caso não tenha sucesso nessa empreitada, o governo trabalha
com um plano B para economizar e se manter dentro do teto de gastos. “Além
disso tem a [possibilidade de] reoneração da folha [de pagamento] e a de, tendo
a eleição definida e com um presidente já eleito, voltarmos a discutir reforma
da Previdência”, acrescentou Colnago.
A proposta de adiamento do reajuste dos servidores públicos
tinha sido apresentada pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, no último
sábado (21), em Washington. Guardia ressalvou que a decisão deve ficar para o
momento em que o governo enviar a Lei Orçamentária Anual (LOA), em agosto.
Fonte: Agência Brasil.