Países boicotam inauguração de embaixada dos EUA em Jerusalém
Entre os 86 embaixadores e encarregados de negócios convidados para a cerimônia, 40 confirmaram presença, mas a maioria dos representantes dos países europeus não assistirão ao evento
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Dezenas de países, entre eles muitos europeus, não marcarão
presença neste domingo em um evento do Ministério das Relações Exteriores de
Israel, que contará com a participação do titular desta pasta e do
primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, para celebrar a inauguração da embaixada
dos Estados Unidos em Jerusalém, que acontece amanhã.
No evento, programado para a tarde de hoje na sede do
ministério israelense, ao qual devem comparecer cerca de mil pessoas,
participarão as máximas autoridades israelenses assim como a delegação
americana que chegou ao país para a inauguração, que inclui Ivanka Trump, filha
e assessora do presidente Donald Trump, e seu marido e também assessor
presidencial, Jared Kushner.
Entre os 86 embaixadores e encarregados de negócios
convidados para a cerimônia, 40 confirmaram presença, mas a maioria dos
representantes dos países europeus não assistirão ao evento por não concordarem
com a mudança da máxima representação diplomática dos EUA de Tel Aviv para
Jerusalém, por romper com o consenso da comunidade internacional.
Entre os países que não comparecerão ao evento estão
Espanha, Reino Unido, França e Itália. No entanto, outros países do Velho
Continente confirmaram a presença de seus representantes, entre eles Romênia,
Hungria, Áustria e República Tcheca, segundo um comunicado do Ministério das
Relações Exteriores israelense.
De acordo com a emissora de notícias israelense
“Channel 10”, as autoridades tchecas, húngaras e romenas bloquearam
um comunicado conjunto da União Europeia (UE) que criticava a mudança da
embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém.
Ontem à noite, a delegação da UE em Israel comunicou através
do Twitter que “seus Estados-membros seguirão respeitando o consenso
internacional sobre Jerusalém”, assim como a resolução 478 do Conselho de
Segurança da ONU de 1980, na qual1 ficou decidido que os Estados-membros
deveriam retirar suas embaixadas da Cidade Sagrada em rejeição à anexação
unilateral de Jerusalém Oriental por Israel.
Entre os que participarão do evento de hoje estará também a
ministra de Relações Exteriores da Guatemala, Sandra Jovel, que chegou ao país
para inaugurar na próxima quarta-feira a embaixada de seu país em Jerusalém,
seguindo os passos de Washington.
Também participam do evento os representantes de outros
países latino-americanos como República Dominicana, El Salvador, Honduras,
Panamá, Peru e Paraguai.
Com informações da Agência EFE.