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domingo, 24 de novembro de 2024
Sancionada

Pacientes socorridos pelo SAMU podem ter atendimento privado

Pelo projeto, para o cumprimento dessa medida, o paciente deverá estar consciente e em condições de manifestar sua opção de ir para uma unidade particular

Postado em 18 de maio de 2018 por Sheyla Sousa
Pacientes socorridos pelo SAMU podem ter atendimento privado
Pelo projeto

Venceslau Pimentel*

O prefeito Iris Rezende (MDB) sancionou uma lei que prevê que pacientes socorridos por equipes de socorro e remoção do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) podem ser levados, também, para hospitais privados em Goiânia. Trata-se de mais uma medida para desafogar os serviços de emergências nos hospitais públicos da capital.

Pelo projeto, para o cumprimento dessa medida, o paciente deverá estar consciente e em condições de manifestar sua opção de ir para uma unidade particular. Mas casos ele não esteja em condições de manifestar sua vontade, a família ou representante legal poderá fazer a opção.

Caberá à equipe de atendimento emergencial avaliar o estado físico do paciente, levando em consideração a proximidade do hospital escolhido e a gravidade do caso. Ao final, a equipe do SAMU deve, no do atendimento, registrar um boletim de ocorrência.

Ao apresentar o projeto na Câmara de Goiânia, a vereadora Tatiana Lemos (PCdoB) salientou que a medida reduz a quantidade de pessoas direcionadas à rede pública de saúde quando existe a possibilidade de encaminhamento para a rede privada, já que muitos dos pacientes possuem plano de saúde. Ela lembra que praticamente todos os hospitais da rede privada dispõem de atendimentos de emergência, com capacidade para suportar a demanda e equipamentos adequados para prestar o atendimento. 

“Atualmente, todos os atendimentos do SAMU são direcionados para hospitais públicos, superlotando o atendimento nessas instituições”, observa a vereadora, lembrando que existe uma portaria do Ministério da Saúde que prevê a remoção desses pacientes para a rede privada quando solicitado.

Ela explica que, hoje, o paciente que tem plano de saúde deve ser levado para um hospital público, passar por um registro e só depois ter a remoção para um hospital particular autorizado. Por isso, acredita que, com o projeto, os custos do transporte feito pelo SAMU vão reduzir com a redução das transferências, ficando os veículos a disposição para mais chamadas de emergência. 

Vereadora propõe reduzir tempo de atendimento 

Tatiana Lemos também apresentou um projeto de lei que determina o tempo máximo de 30 minutos para atendimentos pelo SAMU na capital. “Inúmeros são os casos em que no momento do efetivo socorro não há mais o que ser feito pelo paciente diante da demora no resgate”, justifica.

Pela proposta, a prefeitura fica autorizada a firmar os convênios necessários com empresas, instituições afins e órgãos públicos para o fiel cumprimento da lei. Ao receber o chamado, as equipes devem preencher documento que listem o horário da notificação da ocorrência. Após a prestação efetiva do socorro ao paciente, deve ser inserido no documento o horário do efetivo atendimento à solicitação do serviço de socorro. 

Caso o atendimento prestado não possa ser efetuado no prazo máximo de até 30 minutos, as unidades de atendimento emergencial deverão no referido documento especificar o motivo. No ato do pedido de ambulância do SAMU, já deve ser informado qual o prazo estimado para a efetiva chegada da ambulância ao solicitante. “As pessoas não têm informações adequadas dos atendentes, exceto é só esperar, impossibilitando outra medida que vise garantir a proteção à vida”, pontua a parlamentar. “O intuito é salvar vidas.” 

(*Especial para O Hoje) 

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