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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Tributos

Governo ainda estuda redução de impostos sobre combustíveis

Hoje (21) caminhoneiros protestam em vários locais contra o aumento do preço dos combustíveis. As manifestações já resultaram em interdições de rodovias federais em pelo menos 13 estados

Postado em 21 de maio de 2018 por Katrine Fernandes
Governo ainda estuda redução de impostos sobre combustíveis
Hoje (21) caminhoneiros protestam em vários locais contra o aumento do preço dos combustíveis. As manifestações já resultaram em interdições de rodovias federais em pelo menos 13 estados

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse hoje (21) que o governo examina a redução de tributos incidentes sobre os combustíveis, mas não tem ainda nenhuma decisão sobre o assunto. Em teleconferência com a imprensa estrangeira, Guardia afirmou que medidas para reduzir as alterações constantes nos preços estão sendo discutidas, mas destacou que o governo não tem neste momento “flexibilidade fiscal”. “Estamos no meio de um processo de consolidação fiscal e temos que ser muito cuidados em relação à receita fiscal”, disse.

Hoje (21) caminhoneiros protestam em vários locais contra o aumento do preço dos combustíveis. As manifestações já resultaram em interdições de rodovias federais em pelo menos 13 estados. Minas Gerais e Bahia são as unidades da federação com maior número de registros. O protesto foi anunciado na sexta-feira (18) pela Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam) e pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA).

Também hoje, a Petrobras anunciou um novo aumento dos preços dos combustíveis. Os preços do diesel e da gasolina voltam a subir nas refinarias a partir de amanhã (22). Segundo informações do site da Petrobras, a gasolina subirá 0,9% e o diesel 0,97%. Com a alta, o preço da gasolina passará a custar R$ 2,0867, enquanto o do óleo diesel sobe para R$ 2,3716. Este é o 11º aumento do preço da gasolina nos últimos dezessete dias.

Guardia reforçou que a alta do dólar é um movimento global e o Brasil não tem como evitar o fortalecimento da moeda americana, mas ressaltou que a equipe econômica atua conjuntamente para conter a volatilidade no mercado financeiro. O ministro lembrou que o Banco Central (BC) reforçou a oferta de swaps cambiais, equivalente à venda de dólares no mercado futuro. Ele acrescentou que o BC e o Tesouro Nacional vão continuar monitorando o mercado de câmbio e de juros. Hoje o dólar está em queda.

O ministro destacou ainda que o país tem estabilidade econômica graças a fatores como elevado nível de reservas internacionais, déficit em transações correntes baixo e coberto por investimento estrangeiro direto, inflação abaixo da meta, taxa básica de juros, a Selic, no menor nível histórico, e acrescentou que o governo vai continuar a implementar sua agenda de reformas.

Crescimento econômico

O ministro reforçou ainda que amanhã (22) será divulgado o relatório de avaliação de receitas e despesas do governo com as projeções de crescimento econômico. Para este ano, ele diz que poderá haver uma redução da expectativa do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de riquezas produzidas pelo país.

A atual projeção do governo é crescimento de 3% este ano. A projeção do mercado está em 2,5%.

Reforma da Previdência

Perguntado se a reforma da Previdência poderia ser aprovada ainda neste ano, o ministro afirmou que legalmente seria necessária a suspensão da intervenção federal no Rio de Janeiro. Mesmo que isso ocorra, após as eleições de outubro, ele acredita que politicamente seria preciso ter apoio do presidente eleito para a aprovação da proposta de emenda à Constituição. 

Fonte: Agência Brasil

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