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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Base governista

Deputados defendem PSD na base aliada

Membros do diretório regional vão discutir rumos da legenda em reunião no próximo sábado; mas adiantam que maioria deve optar por manutenção da base ao governo

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 24 de maio de 2018
Deputados defendem PSD na base aliada
Membros do diretório regional vão discutir rumos da legenda em reunião no próximo sábado; mas adiantam que maioria deve optar por manutenção da base ao governo

Rafael Oliveira*

Os membros do Partido Social Democrático (PSD) de Goiás devem definir os próximos passos da legenda em uma reunião prevista para o próximo sábado (26/5). Os parlamentares do partido querem permanecer na base de apoio ao governo estadual na Assembleia Legislativa de Goiás e compor aliança partidária com o projeto político do PSDB para as eleições de outubro, enquanto a direção regional da sigla busca caminhos alternativos. 

O imbróglio está na disputa pela segunda vaga ao Senado Federal na chapa do governador José Eliton (PSDB): que já conta com a candidatura do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), a senadora Lúcia Vânia (PSB), aliada do governador e pré-candidata à reeleição e o ex-senador Demóstenes Torres (PTB), que teve o mandato cassado pelo plenário do Senado em 2012 por envolvimento com o bicheiro Carlos Cachoeira. 

O deputado federal Thiago Peixoto (PSD) comenta a diferença de posicionamentos dos pré-candidatos da base governista em relação ao seu colega de partido. “O Vilmar Rocha nunca se colocou como pré-candidato ao Senado na base do governo. Por isso não dá pra entender o que ele quer, com todo respeito que tenho por ele. Essa posição dele é isolada, mas ele disse que vai seguir a vontade da maioria dos membros. Vamos esperar”. 

Atualmente, o PSD está na base de apoio ao governo a eleição tucana em 2015, por isso, Thiago Peixoto acredita que “as aventuras de Vilmar Rocha”, termo utilizado por ele, não deve ir muito longe. “Seria incoerente a gente buscar outros aliados políticos depois da história que construímos na base do governo. Eu estou trabalhando para que o partido fique na base do governo”. 

O presidente estadual da legenda, Vilmar Rocha, reforçou a tese do diálogo com outras lideranças partidárias, por acreditar que os partidos ainda estão nesse momento. “Nem o quadro nacional está definido ainda e essa definição a nível nacional pode mudar o cenário estadual”, explica Rocha. 

A cúpula peessededista já se reuniu com dois pré-candidatos ao governo, o senador Ronaldo Caiado (DEM) e o deputado federal Daniel Vilela (MDB). “A conversa com o PSDB ainda não aconteceu, mas vai acontecer em breve”, disse Vilmar. Para ele, a questão de ficar na base tem que partir de um sentimento em sintonia com a sociedade, pois o partido apoia o PSDB há 20 anos. “Eu gostaria de uma mudança, mas vou respeitar a decisão que for tomada na convenção do partido de julho”, finaliza Rocha. 

O governador José Eliton (PSDB) disse que as portas para conversar com o PSD estão abertas, depende agora do próprio partido. 

O deputado estadual Lucas Calil garantiu que o partido ficará na base, razão pela qual escolheu o PSD para se filiar durante a janela partidária. “O próprio Vilmar confirmou que vai priorizar a questão do partido na base, por questões proporcionais. O caminho natural é esse, a não ser que exista um motivo muito grande para o rompimento”.

O deputado estadual Simeyzon Silveira (PSD) espera que o partido chegue a um consenso sobre o caminho a ser seguido: base governista ou oposição. O deputado explica que a legenda não tem dificuldades de diálogo com nenhum pré-candidato, mas a tendência é continuar na base do governo. “Dentro de um partido é normal haver divergências, opiniões, isso faz parte do debate partidário. O que deve prevalecer sempre é a decisão da maioria e eu não tenho dúvida de que o PSD vai caminhar nesse sentido. Até um dos motivos de eu ter ido para o PSD foi a garantia de que o partido escutaria todos e que as decisões seriam conjuntas”. 

Caso os membros do PSD decidam pela manutenção do apoio ao governo, Vilmar pode não ser candidato em outubro e coordene a campanha de Geraldo Alckmin à Presidência da República em Goiás.  

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